[GTER] Avaliação de Custo/Benefinicio - Conexão PTT-RJ.

IPTelligent SysOp sysop at iptelligent.com
Thu Sep 30 01:51:34 -03 2010


Quanto aos IPs, vc pode ter um /24 de uma das operadoras e anuncia-lo para
ambas (ele não fica “preso” a quem te fez o assignment) via BGP.

 

Já quanto à conectividade, vc pode se pendurar no PTT-RJ direto na ALOG, e
várias operadoras têm POP também lá; talvez seria mais útil que o Teleporto?
Ou mesmo comprar trânsito da Alog (que já tem redundância e acordos de
peering estabelecidos), sendo eyeball talvez você tenha um preço por mega
melhor. Dependendo do nível de redundância e de independência que você quer,
as opções são variadas, não necessariamente vc precisa reinventar a roda, se
o custo total por mega for menor ou maior, fatorando equipamento de
switching, fibra apagada ou acesa, redundância de fibra e de links,
redundância de contratos, etc.

 

[]s

Rafael

 

From: Paulo Henrique [mailto:paulo.rddck at bsd.com.br] 
Sent: quinta-feira, 30 de setembro de 2010 01:27
To: IPTelligent SysOp
Subject: Re: [GTER] Avaliação de Custo/Benefinicio - Conexão PTT-RJ.

 

Agradeço a explanação IPTellingent, Realmente tinha duvidas quanto a isso.
No caso em especifico seria colocar uma fibra no PTT e passar a comprar
transito com as operadoras, sem ter mais encargos quanto a lastmiles, tenho
a possibilidade por exemplo de colocar a fibra em vez do PTT coloca-la no
Teleporto-RJ, onde está a GVT e comprar trafego direto com ela sem
necessidade ASN, contudo vou no caso ficar preso a GVT, assim como creio eu
na minha ignorancia, comprar trafego com outras operadoras que estão
localisadas no Teleporto-RJ e não ter encargos com lastmiles, contudo sempre
serei dependente dessa fibra, colocar uma fibra no Teleporto-RJ e uma no
PTT-RJ ok, seria ótimo, contudo creio que o custo de momento não seria
justificavel, possuo apenas 70Mbps de trafego atual e praticamente sendo
eyeball, ok duas operadoras já me faria a necessidade de ASN, contudo não
sei se a NIC.BR  aprovaria tendo como lastmiles apenas uma unica fibra, e
uma justificação de IPs muito abaixo do que é solicitado, para um /22.



Em 30 de setembro de 2010 00:25, IPTelligent SysOp <sysop at iptelligent.com>
escreveu:

Paulo,

Usualmente as pessoas confundem Trânsito com Peering. Não é a mesma coisa.
Você precisa de uma ou mais operadoras de trânsito. O peering (que se trata
de estar no PTT) é usualmente para se alcançar redes diretamente, para
prefixos anunciados por esta rede, sem precisar passar por outro provedor
(de trânsito normalmente).
No PTT, a operadora vai no máximo te vender peering pago (i.e., vc acessa as
rotas internas da operadora, mas sem alcançar não-clientes dela) talvez a um
custo menor que o que ela vende trânsito, e isso se interessar a ela. Alguns
PTTs (não sei no caso do PTT-BR pois não li as regras) sequer permitem que
se venda trânsito através da malha de peering pública (em termos técnicos, é
proibido anunciar um default route pela malha/porta de peering, mesmo que
com permissão do outro lado). Outros PTTs não estão nem aí para os temos do
acordo bilateral de peering.
Se você largar seu(s) provedor(es) de trânsito, seu sistema vai ficar
isolado da internet, e só será acessível pelos seus peers (e não _através_
deles como muitos erroneamente pensam), até porque seus peers mesmo duvido
que vão querer te dar trânsito de graça.

Quanto à possibilidade de acordos, depende tudo do seu perfil. Você é uma
"eyeball" (rede de acesso/usuários/desktops, que busca conteúdo, ou seja, só
faz download) ou uma "content" (rede de hosting/servidores, que serve
conteúdo, só faz upload) ou uma balanced (tem tanto eyeballs quanto content)
network? Com que tipo de rede quer negociar acordo, e qual a política de
peering desta outra rede? Qual o volume de tráfego a ser trocado, e qual a
proporção (mais para inbound, mais para outbound, balanceado)?
Um exemplo: para um provedor de conteúdo (como eu), em Miami, a Telefónica
vende peering só das rotas internas dela (i.e., rotas dos clientes
dela/backbone) por aproximadamente 20x menos dinheiro que se fosse comprar
trânsito deles no mesmo lugar. E só fazem peering gratuito se for >6Gbps e
ainda por cima balanceado e em no mínimo 2 pontos geograficamente distintos
(outras redes exigem o mínimo e ainda a fazer peering em TODOS os pontos em
comum). Você tem até de analisar quanto de tráfego vc manda para ou através
do AS deles (para isso  vc precisa de alguma ferramenta de análise de flow,
e de preferência que seu equipamento emita os flows ao menos nas portas dos
uplinks), e as vezes isso será pré-requisito para analisarem seu pedido.

[]s
Rafael Cresci


-----Original Message-----
From: gter-bounces at eng.registro.br [mailto:gter-bounces at eng.registro.br] On
Behalf Of Paulo Henrique
Sent: quarta-feira, 29 de setembro de 2010 22:49
To: Grupo de Trabalho de Engenharia e Operacao de Redes
Subject: [GTER] Avaliação de Custo/Benefinicio - Conexão PTT-RJ.

Saudações companheiros, estou atualmente avaliando quanto a expansão dos
serviços de um provedor, e passei a me apoiar mais quanto a estar
fisicamente conectado no PTT-RJ, e trabalha apenas com ATM quando
necessário. Sendo sobre esse panorama, haveria a possibilidade de deixar de
ser cliente de uma concessionaria de transito e passar todo o trafego pelo
PTT ?, hoje as grandes concessionarias de trafego abriria acordos ou até
mesmo diminuiria o valor de transito comprado via o PTT ?, caso sim quais
das grandes operadoras encontra-se conectadas e com interesse em tais
acordos dentro do PTT-RJ ?.
Pesquisei em algumas fontes contudo a questão que mais calhou foi quanto a
quais delas realmente executa tais acordos, pois lembro-me de em outras
threads da lista  ter o fato que tem muitas operadoras conectadas mais que
não executa acordo nenhum, está apenas garantindo presença.


Agradeço a qualquer orientação a cerca deste assunto.

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