[GTER] e-learning IPv6 do NIC.br
Anderson Goulart
globalx at gmail.com
Wed Jun 3 12:21:34 -03 2009
Olá Antônio e demais,
É uma ótima iniciativa do CGI.br e NIC.br, entretanto, gostaria que revissem
os modelos de e-learning considerados para este e outros cursos. Talvez eles
não sejam suficientes para alcançar o objetivo de vocês: disseminar o IPv6 e
incentivar a migração. Digo isso porque estamos conversando sobre o tema na
lista de EAD da Unicamp e alguns estudos já foram feitos sobre a capacidade
de aprendizado das pessoas. Vou reproduzir abaixo, um trecho de uma das
mensagens do professor Milton Sobreiro que resume a discussão:
"Minha especialização em EAD concluí com um Estudo de
Caso intitulado"Teleaula: Uma outra face da Educomunicação", onde trabalho a
questão da Teleaula sem tirar os olhos em algumas teorias de fundamental
importância - Teoria Cognitiva, Teoria da Comunicação e Estilos de
Aprendizagem. Para que tivesse uma substância prática, afinal se tratava de
um Estudo de Caso, fiz uma pesquisa de campo com 100 acadêmicos de graduação
e pós-graduação lato-senso na modalidade EAD, afim de identificar seus
estilos de aprendizagem de maior predominância, onde obtive o seguinte
resultado: os estudantes com predominância sinestésica somavam 68%, os
visuais 25%, os que apresentavam um "empate técnico" entre visual e
sinestésico eram 4%, só então vinham os puramente auditivos com 2% e os
visuais auditivos com 1%.
O formato da Teleaula, produzidas com professores em plano americano, slides
estáticos, pouca movimentação, mudanças de entonações nas vozes ou BG
sonoro, onde este docente fala, apenas, e monotonamente, e para piorar a
situação deixam os slides muito pouco tempo no ar, para que o professor
continue como o detentor pleno do conhecimento, se aproxima à Educação
Bancária, repudiada por Paulo Freire, de competência pedagógica
indiscutível. Ele só atinge ao auditivo, que aprende com facilidade apenas
ouvindo, mas o visual, que precisa ver o objeto de aprendizado para fazer
suas analogias e mapas mentais, assim como o sinestésico que precisa
executar atividades, ver movimentações e entonações diferenciadas na voz,
ficam perdidos, dependendo de uma gravação da aula para que possam
reassistí-las assincronamente para parar, observar os slides, talvez
anotá-los, ou experimentá-los, reouvir algumas falas do docente, para só
então, tirar alguma coisa da aula... aí já perdeu a oportunidade de
interação ao vivo com aquele professor."
Considerando o modelo proposto por vocês no curso de IPv6, um número pequeno
conseguirá absorver o conteúdo ou assistir até o fim. Minha opinião sobre o
que já assisti:
- A pessoa que diz o texto parece não saber nada sobre o assunto. Ela tenta
dar ênfase em trechos das frases para parecer que sabe
- A voz é contínua, sem variações
- A pessoa não acrescenta nada além do que já está escrito. Porque não fazer
um manual ou cartilha então?
- A leitura é lenta, cansativa para o ouvinte
- Os detalhes visuais dos botões, menus, etc chamam mais atenção do que o
próprio material
- Não há como tirar dúvidas no modelo proposto (excluindo as listas como a
do GTER)
- Seria interessante ter comments abaixo da apresentação para troca de
idéias sobre o tema
Bom, não sei se isso é relevante para o trabalho de vocês, mas fica
registrado como informação para quem desejar produzir novos cursos de EAD.
Abraços, global
2009/6/1 Antonio M. Moreiras <moreiras at nic.br>
> Senhores,
>
> Dando continuidade às ações do CGI.br e NIC.br em favor do uso
> do IPv6 no Brasil, entrou hoje em funcionamento o site:
>
> http://curso.ipv6.br
>
> com nosso "Curso de Introdução ao IPv6" em formato e-learning.
>
> Esperamos que seja útil! Por gentileza, divulguem.
>
> Atenciosamente,
>
> --
> Antonio M. Moreiras
> moreiras at nic.br
> http://www.ceptro.br
>
> --
> gter list https://eng.registro.br/mailman/listinfo/gter
>
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