[GTER] RES: Telebrás e um Projeto mais Nacional

Anderson Grande dos Santos anderson.grande at bamo.com.br
Tue Jul 21 14:55:29 -03 2009


   Senhores, com todo respeito mas essa discussão já não esta totalmente fora do foco da lista  ? Já não tem mais nada técnico nessa discussão, o lance virou briga de funcionário publico com privado, é gente dando aula de Word outro se afogando em remédio, misturado com gabarito de prova de concurso publico e bla bla bla bla......

Anderson Grande



-----Mensagem original-----
De: gter-bounces at eng.registro.br [mailto:gter-bounces at eng.registro.br] Em nome de Juliano Primavesi - Cyberweb Networks
Enviada em: terça-feira, 21 de julho de 2009 11:25
Para: giulianocm at uol.com.br; Grupo de Trabalho de Engenharia e Operacao de Redes
Assunto: Re: [GTER] Telebrás e um Projeto mais Nacional


É isso aí... vamos fazer um levante para tornar a rede da Eletronet
publica para uso livre, sem Juniper nem Cisco, baseada em QUAGGA!

Juliano

GIULIANO (UOL) escreveu:
> Danton,
>
>
>> que restrição? se restrições há, são por causa de preços. Se você
>> quer saber o que são restrições pegue uma máquina do tempo e volte
>> para os anos 80, época em que a própria telebrás punha areia na então
>> nascente internet brasileira, porque o futuro deveria ser ISO/OSI.
>> Arrrgghhhhh!
>
> Tente comprar fibra apagada ou lambda em algumas regioes do pais, pra
> vc ver se vc consegue. A nao ser que seja dono ou apadrinhado dentro
> das operadoras. Nem vender a UNICA operadora que chega numa
> determinada regiao te vende. Ela nao passa nem orcamento. So vende ate
> 100 Mbps, pois nao investiu o suficiente. Nao sei onde isso e avanco,
> pra situacao atual em que vivemos cuja necessidade de banda e crescente.
>
> Aqui na minha regiao, infelizmente ainda pagamos um preco medio de R$
> 1.000,00 o mega. E o governo ainda paga R$ 750,00 o mega. Como nao tem
> alternativa e nao conseguimos comprar fibra apagada pra estimular a
> competitivdade (um PTT-R por exemplo) ... nos vamos continuar pagando
> o mesmo valor por anos.
>
>>> Pra que algumas agencias do governo, por exemplo, tenham acesso a
>>> fibra apagada ... tem que pedir pelo amor de deus e bencao pras
>>> operadoras privadas. Ou pagar milhoes e milhoes por mes. Ou ainda
>>> ... nao consegue comprar de jeito nenhum ... nem lambda ... nem
>>> fibra apagada.
>>
>> se elas quiserem sair por aí fazendo buraco e passando as próprias
>> fibras, podem, é só conseguir uma licença da anatel e fazer as
>> parcerias necessárias, mas posso garantir que sairá muito mais caro
>> que alugar infra já existente.
>
> Voce infelizmente nao esta com a razao. Fizemos alguns estudos
> bastante complexos que dizem que isso nao e verdade, pelo menos pra
> nossa regiao em especial. O investimento se paga num bom prazo e e
> muito sustentavel ao longo de anos A economia e absurda e o limite de
> banda infinito. Se tivessemos a concessao de "FAZER O BURACO", com
> certeza ficaria mais barato. Mas nesse caso, a concessao de "FAZER O
> BURACO" depende de uma empresa privada que pode ser uma concessionaria
> ou uma tele.
>
> O que nao e errado, pois eles receberam essa concessao dessa forma. O
> problema foi o governo ter passado a "CONCESSAO DE FAZER O BURACO" pra
> empresa privada, sem pedir nada em troca. Nem um par de fibra por
> cidade ao longo do caminho o "Burro" pediu. Simplesmente passou a
> concessao e boa.
>
>>
>> aí, se decidir fazer vai ter que fazer licitação pela lei 8666, vai
>> ganhar um picareta (porque essas concorrências quase sempre são
>> vencidas pelo menor preço e a lei foi concebida especialmente para
>> proteger o picareta) que não vai entregar o serviço, aí a coisa vai
>> para a justiça e fica enrolando... eu já vi esse filme várias vezes.
>
> Ninguem disse que as leis nao precisarao ser mudadas pra que o modelo
> mude.
>
>>
>>> Concordo que o governo errou e ainda erra na questao de concessoes.
>>> Mas uma infra de fibra nacional, totalmente disponivel e a favor de
>>> um projeto nacional, poderia e muito ajudar. O modelo em que isso
>>> sera implantado eu nao sei ao certo, poderia ate ser algo como:
>>>
>>> - O governo e a iniciativa privada passam a fibra e investem juntos
>>> nos equipamentos de multiplexacao optica (temos uma empresa 100%
>>> nacional pra fazer isso).
>>
>> esse papo de 100% nacional é uma tremenda besteira. João Goulart e
>> Brizola já morreram! e o que adianta a, sei lá, REDEBRÁS, ser 100%
>> nacional se vai operar com equipamentos Cisco, Nortel e Alcatel?
>
> 100% nacional ... me desculpe errei ... fibra com concessao 100% de
> uso livre (FREE DE GRACA) para projetos do governo, da RNP, das
> universidades, sem custos e subsidiada e mantida pelas operadoras com
> alto SLA.  Afinal, elas receberam muita terra pra "ABRIR BURACO".
>
> Citar Joao Goulart foi otimo. O bixo ate revirou no caixao. Podemos
> usar inclusive ... somente componentes da DATACOM e da PADTEC. Nao
> precisamos comprar nada de fora. Tem tudo aqui. Pra que CISCO,
> Alcatel, Juiper ? Quem disse a voce que precisamos deles ?
>
> Vc acha a PADTEC uma empresa ruim ? Os produtos deles nao sao bons ?
>
>> Ou você quer também ressuscitar a reserva de mercado de informática,
>> que atrasou este país em uns vinte anos, não só na informática mas em
>> várias tecnologias que dela dependem de uma forma ou de outra (p.ex.
>> injeções eletrônicas não entraram no brasil por muito tempo porque
>> continham computadores embarcados porisso estavam sujeitas à porcaria
>> da reserva e nem Bosch ou Magneti Marelli estavam dispostas a dar de
>> bandeja suas tecnologias para os picaretas nacionais de plantão.
>> queimamos muito combustível e produzimos poluição à toa por conta disso)
>
> De forma alguma.
>
> De novo ... porque erraram no passado ... nao significa que vao errar
> sempre ou de novo.
>
>>
>> qual foi o erro da eletronet e por que ela foi pro vinagre? eu que
>> quis usar sua rede e não consegui (o samba todo ficou mais caro que
>> alugar de operadora) motivo: eles não tem ponto de presença em lugar
>> civilizado. não há como resolver última milha pois os pops da
>> eletronet são nas estações elétricas. o custo da última milha (a
>> menos que você use wireless, com suas limitações) é maior que usar o
>> serviço de uma operadora que consegue te prover o serviço
>> porta-a-porta. essa falta de acesso na última milha matou a
>> eletronet. quem quiser ressuscitá-la, o que sou totalmente a favor já
>> que a fibra já está lá e deve ser usada, tem que resolver esse
>> problema de última milha, estabelecendo pontos de acesso em centros
>> urbanos. mas se você olhar para o mapa da eletronet, é o mesmo
>> tratado de tordesilhas que era o mapa da primeira encarnação da RNP,
>> isto é, o grosso da rede está a leste do meridiano das tordesilhas.
>> então não é isto que vai resolver o problema de rio branco.
>
> Ehhhehehehehehehe. Os seu exemplos sao muito bons. Eu concordo com isso.
>
> Mas ... nao e pq o projeto da Eletronet errou, que outros projetos
> mais atuais irao errar. Vc nao acredita mesmo no pais, nao e ? Nao
> teremos chance nenhuma a longo prazo entao. Talvez fosse interessante
> TENTAR acreditar mais no pais ou nas pessoas. Nos infelizmente nao
> temos saida.
>
> Vamos entao ficar do jeito que esta ... nas maos das excelentes
> operadoras que temos, com otimos precos, otimos niveis de
> competitividade e absurdamente bom atendimento em todos os niveis: L1,
> L2, L3 e L4. Nao vamos fazer nada. O governo e um lixo e nao presta
> pra nada. Vamos deixar assim mesmo e vamos levando a vida.
>
> Alias ... essa questao de concurso publico e otima tambem. Ja
> trabalhei em um lugar publico e posso garantir que foi o lugar que eu
> mais me dediquei e que mais aprendi na minha vida. E o orgao que eu
> trabalhei foi e ainda é extremamente eficiente no que faz. Tem gente
> mais capacitada la dentro do que em muita operadora por ai ... do
> Brasil e do exterior.
>
>>
>> uma coisa eu concordo com você, seria muito bom se os modelos de
>> negócios de telecomunicações seguissem o próprio modelo de camadas,
>> com uma cláusula que vedasse quem tem concessão em uma camada pudesse
>> disputar em outras. mas isso no brasil, onde uma telefônica da vida
>> tem a rede física, o speedy e o terra? sei...
>
>  Sim. Vc tem razao. Eles poderiam mexer nisso.
>
>>
>>> - A iniciativa privada cuida da fibra e usa 7 lambdas de 10 (um
>>> exemplo). O governo teria direito de usar 3 lambdas de 10 com a
>>> mesma SLA garantida da empresa privada ...
>>
>> de que iniciativa privada? quem tem expertise no assunto são as
>> teles, estas tem suas próprias redes e não precisam ser concorrentes
>> de si mesmas. fora delas quem está a fim de se arriscar em um negócio
>> que, como mostrou a eletronet, pode ir pro vinagre fácilmente e que o
>> investidor não conhece? o Daniel Dantas? não, esse já está em uma tele.
>
> Sim. Estou falando das Teles.
>
> Se as leis e as concessoes nao fosse feitas por uns JACUS DO TIPO
> PITOMBA do governo ... quando as concessoes de "FAZER BURACO" fossem
> passadas para as tao eficientes Teles que temos ... deveriam ter
> exigido por exemplo: uma par de fibras, um duto, um lambda, sei la. So
> nao deveria ter feito o que fizeram.
>
> Olha ... a gente vai dar pra voces a concessao de "FAZER BURACO" ... e
> voces vc nos forncer fibra ou banda de graca pra atender as cidades ao
> longo dessa rodovia ou dessa fronteira com a Bolivia, considerando
> pelo menos: escolas, universidades, prefeituras e centros de
> processamento municipais.
>
>>
>> candidatos naturais podem ser os operadores de estradas de rodagem e
>> malha ferroviária, para quem o custo de passagem de fibras é
>> irrisório, mas de novo temos o efeito do tratado de tordesilhas, o
>> grosso da malha está a leste do maldito meridiano, de modo que rio
>> branco ficou de fora de novo. Bem, a gente poderia devolver o Acre
>> para a Bolívia, resolvia uma parte do problema ;-)
>
> ehehehehehehehehehe.
>>
>>> Mas que nao podemos ficar somente nas maos das operadoras, isso nos
>>> nao podemos.
>>
>> muito pior ficar na mão de políticos. depois que tivermos agências
>> CNPQs, etc REALMENTE independentes e de alguma forma imunes à
>> instrumentalização partidária, voltamos a conversar.
>
> Ah, mas calma, ninguem ta falando em passar a administracao completa
> pro governo. Nos estamos falando em algo como:
>
> - (GOVERNO) Olha senhora operadora mae suprema, eu vou te deixar
> "FAZER BURACO" e passar fibra aqui na minha rodovia (feita com
> dinheiro publico do povo e pertencente ao estado brasileiro), mas eu
> quero ter a possibilidade futura de usar DE GRACA uns 10 pares de
> fibra (e vc vai cuidar da fibra pra mim de graca tambem), se vc passar
> 100 pares daqui ate o ACRE ou ate a Bolivia. Eu so vou comprar os
> equipamentos pra acender a fibra a gas e vc vai hospeda-los pra mim
> dentro do seu datacenter, cuidando direitinho deles ... e de graca.
> Nos vamos colocar tudo isso num contrato de concessao de 100 anos.
> Tudo bem ?
>
> - (OPERADORA) Ah nao ... eu quero vender banda pra voces depois ... e
> quero vender caro ... a um preco absuro. R$ 10.000,00 por megabit
> trafegado. Eu nao quero que ninguem tenha poder de fibra nesse pais.
>
> - (GOVERNO) Ah ... entao a senhora nao vai poder passar fibra n minha
> rodovia. ... mas ... o governo infelizmente nao e assim. Ele deve ter
> pensado ... a tai ... vou fazer isso. Depois eu negocio e vou pagar
> super barato por um servico de primeira. Ai ele acordou.
>
> Enfim ... vamos acompanhar a questao da Telebras.
>
> Att,
>
> Giuliano
>
>
>
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