[GTER] RES: Tecnologias para provimento de internet

Tukso Antartiko tukso.antartiko at gmail.com
Wed Oct 1 00:23:47 -03 2008


O comentário certamente foi direcionado para quem instalar estas
redes, os demais pouco poderiam fazer para influir nesta decisão. Se
houver boa vontade de quem vende espaço na rede o que o outro que
aluga (e supostamente quer estragar) poderá fazer?

No máximo ele pode desdenhar e não usar, o que dá na mesma de não
oferecer, ou usar e sinalizar para o próprios clientes que a culpa de
qualquer problema é do last-mile, mas haverão usuários de outros
provedores compartilhando o mesmo provedor de last-mile que não terão
estes problemas, evidenciando que a origem é externa.

Mas embora haja quem lucre com isso não existe um caso de negócio
pronto para quem quiser alugar last-mile. Definitivamente para quem já
for provedor tradicional, não é recomendável alugar até que haja uma
contabilidade separada: last-mile e serviço de internet, pois só assim
saberá o lucro de cada um, se o lucro da parte de internet for alto,
se o mercado potencial já for todo dominado, não há porque alugar
last-mile, mas se o lucro da parte de internet for baixo (pelos preços
altos cobrados pela operadora), se o número de clientes já cabeados
estiver estagnado, quando o potencial for muito maior, estas últimas
situações apresentam bons indicativos que o aluguel do last-mile pode
ser uma boa idéia.

Fora isso existem várias outras questões operacionais: Quem será o
dono dos modens? O dono da rede, o usuário ou quem aluga o last mile?
Quem dará manutenção na conexão dos usuários (instalação local do
poste à casa)? O dono da rede ou quem aluga?

Mas repito pode ser vantajoso. Especialmente quando se tem como
concorrentes provedores sem nenhum capital para investir em rede
cabeada (a não ser talvez estas UTP), ou mesmo são incapazes de
formalizar o negócio de ISP (SCM), e ainda outros em que o lucro maior
está na prestação de serviços associados (venda e manutenção de
micros), que poderão continuar prestando. Além de evitar competição
ineficaz,  onde dois provedores investem duas vezes em
infra-estrutura, e além de gastar o dobro, demoram muito mais a
recuperar os investimentos por dividir o potencial da rede.

On 9/29/08, Toledo, Luis Carlos <lscrlstld at gmail.com> wrote:
>>
>> Os provedores locais que instalarem redes cabeadas deveriam
>> criar cooperação com outros provedores locais, vendendo (sem
>> subsidiar o próprio) acesso à rede local (na DSLAM, IP ou
>> mesmo Internet) para esses outros, que ficariam com a parte
>> de cobrança, relacionamento e suporte de PCs. O dono da rede
>> lucraria com o aluguel. Isso evitaria que os demais
>> reinventassem a roda e resolveria o problema destes
>> provedores de fundo de quintal sem SCM, onde cada um que dá
>> suporte em PC quer ser provedor. Estes continuariam prestando
>> serviço de suporte, mas ao menos em um ambiente controlado.
>>
>
> Se colocarmos dois provedores locais em um mesmo barco em alto
> mar um deles vai furar o barco na certeza de matar o outro
> afogado. Ou se prevalecer a ética eles vão cerrar o barco ao
> meio ...
>
> É uma pena, mas desde 1996 tenho visto isso acontecer, cheguei
> a conclusão que faz parte da natureza, é instinto natural ...
>
> Abs Toledo
>
> --
> gter list    https://eng.registro.br/mailman/listinfo/gter
>



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