[GTER] RES: PTT-R
Julião Braga
juliao at braga.eti.br
Wed Dec 10 10:22:42 -02 2008
NEUTRALIDADE é uma questão importantíssima!
Até porque, ela é o foco daqueles (países, por exemplo) que realçam o
significado da Internet. Políticos dos países centrais, mesmo em crise,
consideram a neutralidade da Internet um dos componentes vitais para que a
Grande Rede seja preservada, sob o cenário atual (e histórico).
PTT é fundamental para a neutralidade da Internet. Pelo menos, é assim que
entendo o ponto de vista do NIC.br em relação ao PTTMetro, que o caracteriza
inerentemente neutro. Só assim ele irá contribuir para a neutralidade da
Internet. Modelo portanto, mais que perfeito!
Interconecto com meu vizinho se ele contribuir em alguma coisa para a minha
rede ou para meus clientes. E, meu vizinho somente irá se interessar em dar
a conexão se eu der alguma contrapartida. Se não puder, pagarei caro, o que
pode inviabilizar a interconexão (e geralmente inviabiliza). Dai o PTT, onde
eu não somente terei contato imediato do terceiro grau com meu vizinho mas,
também, com todos os meus outros vizinhos incluindo os "vizinhos" do além
mar.Como benefício, terei latência baixa (no PTT ou na interconexão).
Certamente, viabilizar um PTT depende, somente, do interesse em trocar
tráfego. Criado o PTT com o objetivo de trocar tráfego, muitos se
beneficiarão com os serviços que nele serão agregados: trânsito, por exemplo
(rapidíssimo, em tese, pois é um dos objetivos inerentes ao PTT) e, até
mesmo transporte (interesse típico de quem faz PIX entre PTTs. Nesse caso, a
usabilidade de agregados reproduz acordos bilaterais.
PTT pressupõe interesses multilaterais, basicamente. Embora, como
anteriormente dito, se o PTT é forte, com muitos participantes, muitos
negócios com tendência a baixo custo, serão feitos, incluindo os acordos
bilaterais, claro.
Percebe-se hoje em dia, interesses regionais nos PTTs (aka, PTT-R).
Principalmente nos ambientes onde já há interconexão entre provedores. Um
terceiro (provedor de VoIP, de IPTV, etc., etc.) pode se interessar em
entrar nessa interconexão. Incluindo as concessionárias, se elas forem
espertas. Ai há uma tendência em formar um PTT-R. O cuidado que devemos
tomar é manter o princípio já quase perpetuado no Brasil, da neutralidade do
PTT. Provedores, empresas ou instituições, que não o grande responsável pela
governança da Internet brasileira, tomarem a iniciativa isolada, pode não
dar bons resultados a médio e longo prazos.
TTPA.
[]s, Julião
From: "Romaneli" <henrique at londrina.net>
> Fico me duvida quanto ao objetivo da lista, mas vão lá meus 2 cents...
>> No entanto montar o ptt com ajuda do NIC.br te dá mais suporte e
>> publicidade, embora eles possam exigir alguns requisitos para tornar este
>> um
>> ptt oficial do NIC.br.
> O foco é a NEUTRALIDADE. Inúmeras são as barreiras para que se viabilize
> um PTT. entre elas a entrada de redes com maior trafego que
> invariavelmente não desejam ma conexão a um PTT sem garantias de
> capacidade tecnica e neutralidade. Boa noticia é que o NIC.br apóia
> iniciativas percebidas como razoáveis.
>> Quanto a reunir (geralmente por rádio) provedores de cidades próximas em
>> um único local, de preferência bem conectado, aí sim seria um atrativo
>> maior
>> pois a operadora não precisaria bancar o custo individual de cada
>> transporte
>> inter-municipal cidade e o volume de tráfego poderia tornar viável o uso
>> transporte regional um pouco mais caro. Além disso no caso do local ser
>> bem
>> conectado o custo do transporte regional torna-se bem mais barato.
> Gostaria de simplificar a abordagem. A montagem do PTT deve seguir os
> principios de melhoria de latencia, disponibilidade de redes e evitar
> passeios desnecessários nas operadoras. Tendo isto, o beneficio agregado
> seriam as oportunidades de acesso a outros pontos de troca ou mesmo
> compras conjuntas de transito. Afirmo isto por entender que se um provedor
> sequer faz uma conexão ao seu vizinho pelos objetivos acima, como passar
> para a fase seguinte ?
> Importante é salientar que os beneficios tem que ser analisados no
> conjunto. Esta abordagem de achar que peering = IP praticamente gratis é
> um grande engodo.
> Ouço falar de muitos projetos de integração, sei de alguns funcionando.
> Agora esperar que o Governo; algum projeto de lei; as operadoras
> nacionais; ou mesmo o NIC.br venham a disponibilizar um PTT > na porta ao
> lado do sua rede, somado a conectividade aos demais PTTs, só pedindo para
> o Papai Noel.
> Ligue para o seu vizinho/concorrente e conecte as redes. Certamente
> encontrarão assunto e motivos para o proximo passo.
> Romaneli.
More information about the gter
mailing list