[GTER] PTT-R

Julião Braga juliao at braga.eti.br
Sun Dec 7 09:54:25 -02 2008


Olá !3runo,

Mudando o assunto ...

>> Não havíamos detalhado o projeto, exceto por um
>> artigo genérico que escrevi a respeito,

> Seria este aqui? http://www.telesa.com.br/sa_ea/
> Não sendo, tem link para o artigo?

Sim. Era esse o artigo. Está sofrendo algumas modificações. Quando estiver 
pronto lhe envio, para uns palpites, antes de publicar.

>> Neste "gap", muita coisa aconteceu. Por exemplo, os preços dos link
>> passa ram de R$1.200,00/Mbps para R$500,00/Mbps.

> Nos locais onde há concorrência (grandes capitais como RJ, SP,
> BH, FLA, e alguns poucos locais onde há entrocamento de fibras).

> Nos locais onde não há concorrência, os precos continuam no patamar
> anterior, com um agravante: as teles fixas andam assinando contratos
> mas não entregando o link, e usando essa informacão (de demanda)
> para planejar a oferta de sua própria solucão de usuário final
> (EBT PME, ADSL, 3G, Virtua etc.) diretamente aos clientes finais
> e bypassando os provedores completamente (sem link provedor nenhum
> cresce

Até mesmo em locais sem concorrência . A principio achava que a razão estava 
na previsibilidade da concorrência. Mas, temos muitos exemplos (no interior 
de Minas), onde os preços cairam mesmo sem previsão de concorrência e, até 
hoje, sem concorrência. Mas observamos que não há uma motivação específica 
para que os preços baixem, exceto o da negociação. Tanto, você sabe, que 
existe uma proposta rodando entre os provedores para o Negociador Nacional. 
Recentemente, em uma atividade de consultoria numa empresa em Belém 
verifiquei que ela pagava algo em torno de 2.500,00 por um link de 512K (o 
norte do país é especialmente pródigo em preços elevados). Do lado, havia 
uma outra empresa pagando R$500,00/Mbps em uma concessionária e 
R$600,00/Mbps em outra. Curiosamente a que pagava mais fazia um favor para a 
concessionária e esta dizia que por isso fazia um preço mais baixo! 
(5.000,00/Mbps ...). Há sempre os mentirosos compulsivos, nesse negócio.

Tais distorções existem aos montes no Brasil. Já que a Anatel regula 
serviços e não tecnologia, esse é um problema dela. Com raras exceções no 
STFC, nunca vi uma iniciativa da Anatel para coibir exageros. Vi uma saida 
de fininho regulamentando preços da desagregação de redes, sem maiores 
interesses em verificar se foi uma boa intervenção ou como está indo a 
intervenção.

>> Curiosamente, a infraestrutura das concessionárias melhorou em
>> qualidade.

> Acha mesmo? Temos notado o aumento do RTT dentro dos backbones
> nacionais (por ex. entre roteadores da Embratel, como demonstrado
> aqui mesmo na lista várias vezes nas últimas semanas), quedas
> gerais como a da Telephonica em SP, e quedas localizadas como
> as da Embratel (ocorridas a pouco tempo, cuja desculpa teria sido
> "rompimento de fibra", como se não houvessem rotas redundantes),
> só para citar exemplos recentes.

Acho. Sob o ponto de vista da infra-estrutura melhorou e muito. Sob o ponto 
de vista técnico estamos realmente tendo problemas. Não acredito que seja um 
problema de incompetência. Acho que é consequência dos interesses 
particulares da empresa, que sem regras bem definidas e, sob as regras 
acolhedoras de um estado avesso. Nesse caso, os irresponsáveis deitam e 
rolam.

> (Fora a situacão de (não) entrega de link, que já citei, e
> o fato de operadoras como a OI demorarem meses para implementar
> BGP com clientes com AS e CIDR, ou a simples negacão de classes
> C para provedores que tem link com ela)

Uma concessionária me confessou (e pediu desculpas), que ela tinha se 
excedido na capacidade, face a demanda. Capacidade operacional e de 
recursos. Como vivo em negociações de grande porte com algumas 
concessionárias, sei de casos escabrosos de incompetência técnica, 
operacional, gerencial e outras. Coisas inacreditáveis. Na maioria das 
vezes, hilárias.

>> Esse é o momento desse PTT-R, até mesmo como experiência.

> Sem querer puxar sardinha os links abaixo (e outros ocorridos
> naquela lista) tratam de idéias sobre o assunto mas voltadas
> ao suporte existente na LGT sobre transmissão de dados em
> regime público (que ainda não viu a luz do dia), que seria
> outro tipo de resposta caso um PTT-R não ganhe o patrocinio
> do CGI e do NIC.br

> http://www.wirelessbrasil.org/bloco/2008/dez_14.html
> http://www.wirelessbrasil.org/bloco/2008/dez_18.html
> http://www.wirelessbrasil.org/bloco/2008/dez_23.html
> http://www.wirelessbrasil.org/bloco/2008/dez_27.html

Estou acompanhando esse debate. Realmente, muito interessante.

Pessoalmente, acho que o modelo do PTTMetro, o melhor de todos. Tenho 
inteira confiança no NIC.br em relação a essa questão, pois acompanho com 
grande interesse o assunto. É um modelo bom para o país e bom para, digamos 
95% das empresas brasileiras, em particular, para os pequenos/médios 
provedores.

Sob o PTT-R, falei da necessidade de fazermos alguns exercícios. E, também 
acho, que deve ser exposto ao debate.

>> E esse grupo, que participa da lista GTER, deve ter adorado seus
>> comentários.

> Seria interessante que mais pessoas interessadas expressassem
> opiniões a respeito, mas acredito que algumas não o facam
> por temerem represálias por parte de seus fornecedores de
> servicos (que provavelmente monitoram esta e outras listas
> de clientes - principalmente provedores - e de formadores
> de opinião)

> []s, !3runo Cabral

Algumas vezes pensamos mesmo, que se possa temer por represálias. Acho que 
não se trata de uma regra geral, na medida que iniciativas tomadas e debates 
orientam a cabeça dessa turma. Já melhorou muito! Há várias formas de 
participar. Alguns preferem fazer isso indiretamente. Mas, participam!

[]s, Julião 




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