[GTER] OFF-TOPIC - Se Google não colaborar, CPI pode fechar Orkut, diz senador
Alexandre Gorges
algorges at gmail.com
Wed Apr 9 11:08:30 -03 2008
isso eles querem fechar. agora acabar com a corrupcao nunca né.
----- Original Message -----
From: "Pedro Lemes" <pedro.lemes at gmail.com>
To: "Grupo de Trabalho de Engenharia e Operacao de Redes"
<gter at eng.registro.br>
Sent: Wednesday, April 09, 2008 2:27 PM
Subject: [GTER] OFF-TOPIC - Se Google não colaborar, CPI pode fechar Orkut,
diz senador
Se Google não colaborar, CPI pode fechar Orkut, diz senador
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*DIÓGENES MUNIZ*
Editor de Informática da *Folha Online*
*FELIPE MAIA*
da *Folha Online*
Executivos do Google no Brasil depõem na manhã desta quarta-feira (9) à
CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Pedofilia, instalada no
Senado no mês passado. De acordo com o presidente da CPI, Magno Malta
(PR-ES), caso a companhia não colabore com as demandas que serão
apresentadas, há possibilidade do Orkut sair do ar. Entre os advogados
que defenderão o Google, dono da rede social, está o ex-ministro Márcio
Thomaz Bastos (Justiça).
"Já avisamos que a CPI tem poder de Justiça e poder de polícia", diz
Malta, que conversou com Bastos nos últimos dias, por telefone. Os dois
devem se encontrar pela manhã, antes do depoimento de Alexandre Hohagen,
diretor-presidente da empresa, e Felix Ximenes, diretor de comunicação.
"O ex-ministro me disse que eles estão dispostos a cooperar. Mas
queremos mostrá-los que essa conversa de cooperação não é uma esmola
para nós, não. Embora a empresa seja norte-americana, eles têm que
entender que isso aqui tem lei."
O Google é cobrado pela Justiça e pela Polícia Federal por não colaborar
com investigações sobre pedofilia na internet. De acordo com os
investigadores, a empresa se nega a divulgar o nome de internautas que
divulgam conteúdo de pornografia infantil na rede.
"Se eles não tiverem a disposição de cooperar nós teremos que chegar a
qualquer medida, ainda que seja uma medida extrema como essa [tirar o
Orkut do ar no Brasil]", afirma Malta. Os senadores cogitam fazer ainda
uma acareação, colocando frente a frente Sergio Suiama, procurador do
Ministério Público Federal de São Paulo, e Alexandre Hohagen, presidente
do Google no país.
*Ultimato*
A última polêmica envolvendo a Justiça e o site no Brasil diz respeito a
um novo mecanismo de privacidade do Orkut. Desde o ano passado, os
usuários podem "trancar" seu álbum e a página de recados, deixando o
acesso restrito a amigos adicionados no perfil.
Na visão do Ministério Público, a ferramenta, que é uma proteção dada
aos usuários contra xeretas, encobre crimes de pedofilia. Criminosos
estariam usando o "cadeado" do álbum para compartilhar pornografia
infantil sem serem vistos por outros usuários e pelas autoridades.
De acordo com a ONG Safernet, houve 3.261 álbuns de fotografia do Orkut
denunciados por esse tipo de prática.
Para Sergio Suiama, procurador do Ministério Público Federal de São
Paulo, o Google age com "prepotência" perante a lei e os usuários
brasileiros. Segundo ele, a empresa simplesmente se nega a colaborar com
as investigações.
"Em questões mínimas eles respondem com negativas. Há todo um sistema na
Justiça federal gastando tempo e dinheiro para solucionar problemas que
eles mesmo criaram. Falta uma resposta efetiva para isso", afirma.
Para o procurador, a empresa precisa ser obrigada a revelar dados de
criminosos no Orkut, com informações como logs de acesso, dados do
usuário e fotografias que estavam no site e constituem casos de
pedofilia ou crimes de ódio contra certas parcelas da população. "Nossa
sugestão para a CPI é que os senadores quebrem o sigilo de criminosos no
Orkut", afirma ele, que é coordenador do Grupo de Combate a Crimes
Cibernéticos da instituição.
*"Dentro do possível"*
O Google nega que imponha tantas barreiras para a atuação da Justiça.
Segundo a empresa, não há problema em liberar dados de criminosos do
Orkut, desde que mediante decisão judicial. "Continuamos colaborando
dentro do que é possível e dentro dos prazos, seguindo todo o processo
judicial", afirma Félix Ximenes, diretor de comunicação da companhia no
Brasil.
Desde 2006, o Orkut é o campeão de ações do Ministério Público Federal
no que se refere à pornografia infantil. Em 2007, dos 355 novos
procedimentos judiciais encabeçados pela instituição nessa área, 287
eram referentes ao portal de relacionamentos --um índice de 80,8%.
Por isso, MPF considera que há pontos fundamentais com os quais o Google
tem de se comprometer. O órgão quer que informações e dados de usuários
sejam preservados por ao menos três anos e que as provas, como imagens
de pornografia infantil, sejam enviadas ao Ministério Público. Com isso,
seria possível coletar provas para processar os autores desse tipo de
crime.
A instituição exige também que o Orkut desenvolva filtros para impedir a
publicação de conteúdo com pedofilia e a implementação de um serviço de
atendimento ao consumidor nacional, inclusive com um telefone de 0800.
E, com o novo sistema de "trancamento" de álbuns, o MPF quer ter acesso
a fotos restritas.
Apesar desses problemas, Suiama não concorda com um possível fechamento
do site no Brasil. "Eu particularmente sou contra o fechamento do Orkut.
A grande maioria das pessoas o usam de maneira lícita, bacana", diz o
procurador.
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