[GTER] RES: RES: Confirmado traffic shaping no Virtua

Gustavo Santos gustkiller at gmail.com
Thu Jun 21 10:15:14 -03 2007


Considero pior que o limite de banda global para p2p ou por usuario, tem o
limite de conexões por usuario.
Esta semana li um contrato de um prestador de servico grande que oferece
TURBO 8mega com limite de 50conexoes tcp.

so em abrir o emule ou torrent da vida este valor ja nao deixa o usuario nem
abrir uma pagina web. ou ate um site bastante carregado com varias imagens
ja consome bastante conexoes tcp simultaneas dependendo do navegador. e ai
da forma que esta o contrato o usuario nao tem para onde correr.

"f)  Permite o acesso de até 30 (trinta) sessões simultâneas por Protocolo
de Controle
de Transferência – Protocolo Internet ("TCP/IP"); "

Cliente liga para o suporte.

cliente : olá minha conexao esta lenta nao estou conseguindo abrir sites.
suporte: senhor o senhor esta utilizando todas as conexoes disponiveis do
seu plano de 8MEGA , provavelmente devido a utilizacao de alguma aplicacao
P2P (eMule, Torrent,...) o senhor poderia fechar esta aplicacao e tentar
abrir algum site novamente?
cliente: ok, realmente funcionou. Obrigado



Em 21/06/07, Marco Aurelio Miranda <macmiranda at gmail.com> escreveu:
>
> a meu ver o que eles estão fazendo é diferenciação de serviço, colocando o
> tráfego http e ftp com maior prioridade e o p2p com a menor possível. no
> entanto, o contrato não menciona isso. e depois, quem deveria estabelecer
> qual tráfego tem maior prioridade é o consumidor e não eles (embora isso
> seja tecnicamente complexo).
>
>
>
> On 6/21/07, Eduardo < eduardo at sinos.net> wrote:
> >
> > O objetivo inicial não é combater a pirataria mas diminuir consumo de
> > banda. Imagine que os preços são feitos para um certo uso, por exemplo,
> > de 4% da taxa nominal de um plano de 300kbps. Ou seja, imagina-se que um
> > cliente que comprou 300k vai usar em média 12kbps. Este cálculo permite
> > a cobrança de um preço muito menor para o cliente, com um certo
> > dimensionamento da rede. Se todos os clientes de 300k usarem o tempo
> > todo os 300k, como cobrar então pouco mais de 50 reais/mês? Tem de
> > imitar o uso P2P. Ou alguém não conhece o pessoal que deixa a máquina em
>
> > casa 24x7x365 baixando arquivos "importantes" via P2P? Vídeo, música,
> > ...
> >
> > Alguém citou aqui também o bloqueio de tráfego VoIP. Sei de um movimento
> > inicial há alguns anos em cima disto, onde algumas operadoras (não sei
> > quais) bloquearam e depois voltaram atrás. Mas neste caso minha opinião
> > pessoal é de que o assunto é mais sério pois não se trata de limitação
> > mas sim de cerceamento, proibição de uso, ...
> >
> >
> > Eduardo Santos Back
> > Gerente de Informática
> > Grupo Editorial Sinos SA
> > SinosNet SinosCorp
> > +55 51 3594-0417
> >
> >
> > -----Mensagem original-----
> > De: gter-bounces at eng.registro.br [mailto:gter-bounces at eng.registro.br]
> > Em nome de Erick Robert Heinrich
> > Enviada em: quinta-feira, 21 de junho de 2007 07:44
> > Para: Grupo de Trabalho de Engenharia e Operacao de Redes
> > Assunto: Re: [GTER] RES: Confirmado traffic shaping no Virtua
> >
> > Até onde eu saiba, P2P pela lei brasileira ainda não é considerado
> > ilegal,
> > desde que não utilizado para fins comerciais. Para uso doméstico e
> > pessoal,
> > não há lei que proíba, da mesma forma como não há lei que proíba você
> > gravar
> > um jogo de futebol de um canal PPV que você assina para um colega ou
> > parente, ou também copiar um cd seu e repassar para alguém... Nada isso
> > é
> > ilegal, desde que não tenha fins comerciais... Ainda mais, eu li em
> > algum
> > lugar, onde se cobrar apenas preço de custo de algum produto, também não
>
> > é
> > considerada uma transação comercial, ou seja, transação comercial é
> > defenida
> > apenas quando há lucro envolvido...
> >
> > Agora, se dessa forma eles acham que vão conseguir combater a pirataria
> > (define-se apenas como a venda de conteúdo protegido por direitos
> > autorais,
> > e não compartilhamento de arquivos), é sinal talvez de imaturidade no
> > assunto... Tem outros meios para se fazer isso, sem que afete usuários
> > que
> > utilizam essa tecnologia de boa fé, pois na teoria isso deveria ser um
> > recurso muito bom, de fácil e rápido acesso à informação... Imaginem se
> > faculdades resolvessem colocar publicações de professores e alunos
> > disponíveis em P2P?! Tutoriais, cursos, etc... mas... esse jah eh outro
> > assunto...
> >
> >
> > Em 21/06/07, Tukso Antartiko <tukso.antartiko at gmail.com > escreveu:
> > >
> > > Não sou advogado e isto não é conselho legal, estamos apenas
> > > discutindo de maneira informal. Não tome qualquer ação baseada nesta
> > > discussão sem antes consultar um advogado.
> > >
> > > Ressalto que a consulta a um advogado é muito importante, se o mesmo
> > > não chegar a uma conclusão por conta própria dificilmente ele
> > > conseguirá te defender com sucesso quando precisar dele.
> > >
> > > Pelo meu entendimento se um tráfego é ilegal você não é obrigado a
> > > transportar. Você me perguntaria quais as bases legais para esta
> > > conclusão. Como disse não sou advogado apenas "tento" prestar atenção
> > > nas palavras deles para "tentar" compreender o que eles querem dizer.
> > >
> > > Atualmente, a maioria do tráfego P2P é ilegal.
> > >
> > > Sob meu ponto de vista, faz parte da responsabilidade moral de um
> > > provedor, com os recursos que tiver disponíveis, tentar identificar e
> > > bloquear tráfego "claramente ilegal".
> > >
> > > Alguns que não dêem importância à moral dirão que este tipo de
> > > responsabilidade é bobagem. Que seja, mas são nos grandes vazios
> > > morais que alguns moralistas conseguem espaço para promover medidas
> > > draconianas.
> > >
> > > Partindo para o aspecto prático outros dirão que controlar TODO o
> > > tráfego ilegal é maluquice, visto o tempo e a complexidade envolvida.
> > > Realmente é muito complicado, especialmente quando não é controlado
> > > logo no ínicio e se dissemina, mas tendo a "acreditar" que a regra de
> > > Pareto se repete no P2P:
> > > apenas alguns arquivos e origens seriam responsáveis por grande parte
> > > do tráfego P2P.
> > >
> > > Para ter um impacto significativo o importante não é filtrar tudo, mas
>
> > > saber no que se focar.
> > >
> > > Não quero entrar muito na definição do que seja claramente ilegal, mas
> > > um filme de Holywood que ainda está no cinema, tem grande chance de
> > > ser um arquivo claramente ilegal. E provavelmente também será um
> > > grande tráfego P2P, por ser recente.
> > >
> > > Existem também situações onde determinado servidor, normalmente no
> > > exterior, é dedicado a atividades principalmente ilegais e por isso
> > > gera muito tráfego. Primeiro faça uma denúncia informal para o
> > > provedor do mesmo.
> > > Se não resolver, como você não é proprietário de direitos autorais
> > > nenhum, nem recomendo que se associe a eles se não quiser se tornar
> > > refém dos mesmos, faça uma denúncia aos orgãos competentes que "chegou
> > > ao seu conhecimento através da mídia (um site qualquer) a existência
> > > de uma site/servidor com diversas atividades ilegais".
> > > Depois, de posse da denúncia, peça para um juiz  "com o objetivo de
> > > salvaguardar os seus usuários, autorização para bloquear o referido
> > > servidor enquanto o processo é investigado"
> > >
> > > Existem outras soluções e esta sozinha não resolverá o problema,
> > > especialmente com o esperado aumento do tráfego P2P legalizado. Mas,
> > > considerando o aspecto moral e não importando quanto de banda se dê
> > > para os entusiastas de P2P que eles se adaptarão para abusar tudo,
> > > esta é uma das melhores soluções.
> > >
> > > Agora o lado ruim. Tudo funciona bem enquanto você está no comando,
> > > mas quando descobrirem que está filtrando tráfego logo chuverão
> > > liminares pedindo bloqueios. Estes bloqueios extras podem tomar todos
> > > seus recursos e você considerará alguns deles imorais.
> > >
> > > Por isso tome o seguintes cuidados:
> > >
> > > - Seja low profile.
> > > Não deixe seu usuário comum saber que você está filtrando tráfego,
> > > faça-o pensar que é o destino dele que está com problema. Exemplo:
> > > deixe ele acessar a página principal de um site famoso, mas faça que a
> > > pesquisa nunca retorne resultado.
> > >
> > > - NUNCA desenvolva uma solução in house.
> > > Compre uma caixa preta, especificada por você e fabricada no exterior
> > > (para não existir vendedor, candidato a testemunha, que diga que ela
> > > faz tudo e mais um pouco.)
> > >
> > > Se alguém te pedir algo extra você poderá responder com razão: os
> > > filtros são atualizados pelo fabricante eu só consigo excluir, que eu
> > > saiba ela suporta apenas dez filtros, não guarda log.
> > >
> > > Se alguém quiser te obrigar a usar, seu advogado pode, pelo fato de
> > > nenhum produto ser perfeito, tornar os defeitos (falsos positivos,
> > > lentidão, falhas, travamentos) tão horripilantes que você não precise
> > > usar.
> > >
> > > Agora, se você desenvolve um produto destes internamente:
> > > "incompetência" não será considerada desculpa e nem quero imaginar o
> > > que será forçado a fazer e quando custará esta brincadeira.
> > >
> > > Depois falo dos pacotes/conexões pois já falei muito hoje.
> > >
> > > On 6/20/07, Eduardo < eduardo at sinos.net> wrote:
> > > > Uma pergunta simples: como garantir boa velocidade com a quantidade
> > de
> > > > conexões que um programa P2P abre? Ouço falar de muitos casos onde
> > estes
> > > > programas estão derrubando equipamentos de rede, sejam roteadores ou
> > > > mesmo rádios. Fora isso, se há uma garantia de banda contratada,
> > esta
> > > > garantia deve ser respeitada, independentemente do tipo de aplicação
>
> > que
> > > > esteja rodando. Esta questão dá e ainda vai dar muito pano pra
> > manga.
> > > > Mas enfim, esta lista é para discussão de engenharia de redes. P2P
> > hoje
> > > > é um problema de engenharia de redes, em como tratar este tráfego
> > > > garantindo desempenho.
> > > >
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> >
> >
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> > ______________________
> > Erick Robert Heinrich
> > e-mail: erick at heinrich.com.br
> > site: www.heinrich.com.br
> > prefixo: PU2KEH
> > Heinrich Elos
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