[GTER] RES: QOS protocolos VOIP

Rubens Kuhl Jr. rubensk at gmail.com
Wed May 24 23:52:01 -03 2006


> Sinceramente acho que esta discussão esta ficando enfadonha, pouco produtiva,
> e confusa tendo em vista que se advoga uma causa escorado em cenários
> contraditórios. Usa-se como argumentação um cliente 6 Mb com um opex de R$ 5-
> 7 K, e na mesma argumentação é citada uma pesquisa sobre "Intenção de
> adquirir acesso banda larga nos próximos 6 meses entre os que possuem acesso
> discado". Quem hoje é atendido e arca com o custo de um acesso discado vai
> ampliar para 6 Mb ?

A pesquisa sobre intenção de aquisição de banda larga foi a resposta à
sua pergunta de onde eu tinha tirado quanto os usuários PF/SOHO
desejam pagar por conexão banda-larga, que tinha surgido como parte do
comentário que uma conexão de 4Mbps com notório oversubscription custa
R$100.

O cliente de 6Mb com opex R$5-7K foi quem postou a questão de QoS na
lista; são questões distintas que surgiram nesta thread, uma não é
argumentação da outra.

> Pessoalmente conheço vários, vários casos de empresas que custearam a
> interconexão de suas unidades remotas com a economia que obtiveram em suas
> contas telefônicas. E se não custearam totalmente, amortizaram um percentual
> extremamente significativo do investimento, tiveram um grande ganho de
> operacional e de qualidade. Agora há casos e casos, o que muitos podem
> extrair de um recurso, muitos outros não conseguirão.

Eu também conheço vários. Porém, o depoimento de quem iniciou essa
questão na lista é que ele não conseguiu, e foi na análise dos motivos
disso que entramos no problema de priorização de tráfego entrante na
última milha.

> O que estou dizendo é uma constatação da realidade, não que eu aprecie, mas a
> cada um compete a resolução de seus problemas, e nada bom é de graça nesta
> vida. Sad but true. Não vejo valia nem tão pouco onde chegaremos, ou o que
> ira nos agregar ficar discutindo algo que as operadoras poderiam fazer mas
> que não fazem e provavelmente não farão. E se decidirem fazer não será por
> terem se sensibilizado por nossas angustias, será comercial/financeiro o
> fator determinante para tal mudança de postura.

Acho ótimo que empresas tenham motivações comerciais e financeiras
como fatores de tomada de decisão! É o objetivo delas: ofertarem
serviços que geram valor para o cliente, o cliente remunera esse valor
pagando pelos serviços, a empresa atinge seus objetivos de
lucratividade. Basta não se colocar como motivo para não oferecer um
determinado recurso as motivações comerciais e financeiras que de fato
embasaram essa decisão, e não o (des)conhecimento técnico dos
clientes.

> Quanto a priorização no last-mile resolver o problema de 90% dos usuários,
> acho que faltam subsídios para ponderarmos esta afirmação. Qual a
> característica, no que tange a conectividade destes. Se estivéssemos falando
> de um cenário Cisco, onde tenho certo grau de conhecimento, você quer dizer
> que 90% dos usuários não necessitariam de LFI ? Trabalho com dados, não
> com suposições/especulações.

Sim, quero dizer isso sim. Os canais de acesso usados atualmente
muitas vezes tem velocidade de linha bem superior à velocidade de
canal contratado; por exemplo, um usuário de 15 Mbps de link é
atendido por uma conexão FastEthernet de 100 Mbps, com tráfego
limitado a 15 Mbps. Assim, o atraso de serialização de um pacote de
1500 bytes num canal de 100 Mbps é pequeno o suficiente para que não
se precise de LFI (Link Fragment and Interleaving) para alcançar
padrões ITU-T de comutação de voz.


Rubens



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