[GTER] Balanceamento de trafego entre ASN com BGP?

[Rubens Kuhl Jr.]

> Atualmente nós temos feito o controle de ocupação desses links manualmente,
> através do anúncio de rotas genéricas e específicas para nossos provedores,
> mas essa técnica tem se mostrado cada vez mais trabalhosa e tem nos gerado
> problemas de isntabilidade de roteamento.

Por esse parágrafo eu deduzo que seu problema seja tráfego entrante,
não sainte.

> A questão é: Como eu faço para para o bgp definir o roteamento baseado na
> velocidade e ocupação dos links com os provedores? Isso é possível? Que
> técnicas automatizadas eu posso usar para essa situação?

Não é. Entre as diversas métricas usadas em roteamento BGP, ocupação
não é nenhuma deles, e nem há uma métrica dinâmica o suficiente em
cada anúncio para representar a ocupação de canal.

Já a velocidade de canal poderia ser representada por métricas como
communities que setassem LocalPref nos seus upstreams, pelo parâmetro
MED se você quiser mudar um pouco a semãntica original dele e
considerar apenas como uma possibilidade do critério de seleção de
rotas do BGP etc. O problema é que a seleção de rotas não é
balanceamento, então você poderia favorecer a rota de maior canal, mas
não dividir tráfego entre ela e a de menor capacidade.

As técnicas automatizadas que já vi eram todas de seleção de rotas
para o tráfego de saída, algo que é bastante relevante para provedores
de conteúdo mas não endereça provedores de acesso.

O que eu considero que tenha melhores chances de funcionar é dividir
estaticamente blocos de IPs entre as rotas A, B,  e atribuir
dinamicamente os clientes a esses blocos. Assim, você colocaria a
utilização dos links como parâmetro do seu Radius, que em função delas
designaria o IP do cliente em cada um dos blocos. Um segundo passo
seria derrubar sessões de IPs de links que chegaram próximos da
saturação para forçar um chaveamento para outro bloco.

Se os clientes tiverem IPs privados fixos ao invés de IPs públicos
dinâmicos, você pode mudar regras de NAT que levem a cada uma das
rotas de saída de forma dinâmica. O resumo da ópera é que você precisa
definir por onde quer receber o tráfego de retorno antes dele sair da
sua rede, que é quando você tem controle sobre ele, que é mais simples
e eficaz do que influenciar como um determinado prefixo será alcançado
por outras redes.

Não esqueça claro de anunciar uma rota mais genérica por todas as três
rotas, cobrindo situações de falha de algum dos provedores que te
atende.


Rubens