[GTER] globo.com

Rubens Kuhl Jr. rubens at email.com
Sun Feb 15 06:20:30 -03 2004


> pera aí, blackholing analisando o problema é uma coisa. blackholing just
for
> the heck of it, é outra.

Blackholing tira muitas das chances de analisar o problema, já que não se
tem mais os pacotes para analisar e mesmo para análise de flows passa-se a
depender de muitas fontes para análise de flows bloqueados.

> qual vc acha que a globo.com está fazendo?

Acho que eles reagiram com blackhole para restaurar o serviço, e que depois
gostaram da idéia e deixaram assim mesmo. Mas é chute.

> > Antes mesmo dessa aquisição eles já tinham um Adaptive Services PIC, que
> faz
> > 12000 novas sessões por segundo segundo documentação, já dá para
aumentar
> > bem a sobrevivência de um site com isso.
>
> não é a solução final, e, pelo visto, estamos bem longe disso. Mas, por um
> acaso, estão usando isso?

Imagino que não, esse PIC não estava ainda disponível quando a EBT habilitou
esses roteadores.

> amém! é o que exatamente eu falei acima (sendo que vc já tinha escrito).
Sem
> dúvida tem algo mais (o que foi a conclusão do seu email), então posso
> chegar à conclusão que vc concorda com o que estão fazendo?

Eu não sou o juiz das atitudes da Globo.com... o que digo é que não adianta
tentar julgá-la sem entender os mecanismos econômicos envolvidos.
Money talks, there's no free lunch etc.

> Isso está além do que eu estava pedindo. Apenas pedia um tópico no FAQ
> falando, usuários internacionais, I am sorry. Já que, não só acesso o site
> principal como consigo logar no próprio.

Pq o serviço de atualização não está sob ataque, só o de publicação, então.
É uma sugestão que requer deles ou nível de transparência não usual no país,
mas bastante simples de implantar.

> > > Vários portais devem ter muitos problemas, i.e. o pessoal do yahoo
> falando
> > > na nanog sobre o "ataque" que sofriam com pings válidos. Todo mundo
> queria
> > > testar conectividade/ dns advinha o que eles (e até eu mesmo) pingava?
> > > www.yahoo.com
> > > imagine outros...
> >
> > www.uol.com.br sofria do mesmo problema...
>
> e como resolveram o problema? de repente o uol poderia dar uma consultoria
> para o globo.com

Nada além de incluir isso como parte da carga útil... aceitar pings não é
algo pesado para um portal brasileiro, mesmo de grande porte. Uma idéia que
foi cogitada era um ping-server, para o qual os ICMPs echo-requests seriam
redirecionados por policy-routing (algo que funciona muito bem nos
roteadores do fabricante 2), e que atenderia pelo IP que foi pingado.

Quanto ao UOL prestar consultoria para a Globo.com, muitas das pessoas da
Tecnologia UOL à epoca não estão mais lá... algumas delas estão na
Globo.com, inclusive.


> > Outro detalhe do kit.net é que em função da hospedagem de conteúdo
> > pornográfico, ele devia ser responsável por muito do gasta de banda da
> > Globo.com... filtrar acessos internacionais também ajuda a diminuir a
> conta.
>
> então... para que manter o serviço? ou, pagar uns estagiários para
"vigiar"
> o conteúdo. Como em qquer serviço de web, o usuário concorda com um
> disclaimer. Mudem o disclaimer e sejam rígidos com as regras.

Foi a pergunta que eles responderam fechando para assinantes, fechando novos
cadastros, limitando espaço para os sites antigos...

> > Aliás, a pergunta que estourou a bolha ainda é um grande veículo de
tomada
> > de decisões: - Quem paga a conta ?
>
> bom, no meu ponto de vista é diferente. Você está falando "pela
globo.com",

Não, eu não represento nem tenho qualquer conexão com a Globo.com... mas se
vamos tentar entender suas atitudes, precisamos entender as condições do
mercado em que ela está inserida.

> eu, como usuário, quero acessar as páginas. Não acessando, estou sendo
> restringido à informações públicas. (diferente do uol que é dono do
conteúdo
> e quem quer, paga para ver).

Você está sendo tolhido do acesso aos equipamentos de publicação que são da
Globo.com, que pode fazer com eles o que bem lhe aprouver. Não imagino que o
contrato do Blogger garanta capacidade de publicação universal e infinita
aos autores do conteúdo lá publicado.


> bottom line, para mim, é: se fosse para pagar para ver o conteúdo, de
> repente eu até pagaria. Mas a solução adotada não cobre isso.
> Se é para usar um proxy aberto, eu acho que não é justo. Funciona? é claro
> que funciona, mas afeta outros lados da internet (como disse o Gustavo,
> porque não abrir um smtp relay da globo.com então?).

Essa foi apenas uma sugestão prática de contorno... é a mesma que dão para
os brasileiros sempre que algum site ou rede bloqueia o bloco de IPs do
Brasil.


> pode ter certeza que eu entendo um pouco do que estou falando. Por isso
usei
> os exemplos do yahoo.com e do google.com. Se a globo.com quer ser um
portal
> "world class", bloquear não é a solução. Que mudem o site para
globo.com.br
> e o resto do mundo que fique sem ver.

A questão de globo.com ou globo.com.br não me parece ser uma caracterização
de a que público se destina o conteúdo... e que ser um portal world class
provavelmente não é uma missão dessa unidade de negócios já que estamos numa
época em que a viabilidade é mais importante do que os rótulos.


Rubens



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