[GTER] Decisao PROCON SP
Rubens Kuhl Jr.
rubens at email.com
Fri May 17 11:04:00 -03 2002
Adailton,
Você já utilizava os serviços de provedor mesmo antes de ser bloqueado.
Na visão da Telefônica, o acesso IP é fornecido pelo provedor, que por
sua vez é obrigado a contratar da Telefônica Empresas numa operação
triangular de venda casada (não contra o usuário, mas contra o
provedor).
O que acontecia é que a parcela do acesso referente a Internet era
cobrada pela Telefônica do provedor (aquele que consta no cadastro
inicial da assinatura); aí ou o provedor pagava sem receber do usuário e
ficava a descoberto, ou se recusava a pagar gerando o bloqueio do Speedy
do usuário pela Telefônica.
O problema é que a "brilhante" engenharia do produto não agregava nenhum
mecanismo que casasse o modelo comercial com a implementação física.
Isso foi agora resolvido no PPPoE, mas ainda há diversas outras falhas
de produto não corrigidas mesmo na solução PPPoE, e há toda uma base
legada de Speedy Megavia à espera ou de migração ou de uma solução
intermediária como autenticação web.
Rubens Kühl Jr.
-----Original Message-----
From: gter-admin at eng.registro.br [mailto:gter-admin at eng.registro.br] On
Behalf Of adailton at icomnet.com.br
Sent: Friday, May 17, 2002 11:07 AM
To: gter at eng.registro.br
Subject: RE: [GTER] Decisao PROCON SP
Cópia "Rubens Kuhl Jr." <rubens at email.com>:
> Para os provedores que mal ganham R$5 por assinante, isso tanto faz
> quanto tanto fez... Muitos dos que protestam contra venda casada so' o
> fazem porque acreditam que poderiam ter o servico de banda larga por
> menos $,
Sim, muitas acreditam. Mas o fato é que outros muitos não só acreditam
mas
também têm certeza disso, porque não precisam dos tais serviços do
provedor.
Eu utilizava apenas o acesso IP Speedy (antigo) sem nenhum problema, mas
fui
bloqueado porque não havia "contratado" o provedor.
Para manter desbloqueado o serviço, tenho que pagar ~ R$ 40 por nada,
porque
não utilizo tais serviços.
Além disso, quando o sistema cai, fica um jogo empurra-empurra. Um diz:
"o
problema não é aqui e sim na Tele; o outro replica: "não, o problema não
é
aqui e sim no provedor"; e o consumidor fica como bola de ping-pong. O
pior é
que a gente sabe que um não tem nada a ver com o outro, exceto quanto à
autenticação quando por PPPoE.
> mas se eles pagassem o que hoje e' repassado pelos provedores para a
> Telefonica, teriam pouco ou nenhum interesse de reclamar.
Isso só reforça o fato de que a Tele está "sugando" dos dois lados, mas
as
reclamações permanecem ...
Adailton
Cópia "Rubens Kuhl Jr." <rubens at email.com>:
> Para os provedores que mal ganham R$5 por assinante, isso tanto faz
> quanto tanto fez... Muitos dos que protestam contra venda casada so' o
> fazem porque acreditam que poderiam ter o servico de banda larga por
> menos $, mas se eles pagassem o que hoje e' repassado pelos provedores
> para a Telefonica, teriam pouco ou nenhum interesse de reclamar.
>
>
> Rubens Kuhl Jr.
>
>
> -----Original Message-----
> From: gter-admin at eng.registro.br [mailto:gter-admin at eng.registro.br]
> On Behalf Of Paulo Cesar Buerger
> Sent: Thursday, May 16, 2002 6:08 PM
> To: gter at eng.registro.br
> Subject: RES: [GTER] Decisao PROCON SP
>
>
> Pois e'. O BR-Turbo ja´ foi 3,90. Agora custa 14,90. Pelo que eu sei
> (posso estar enganado) houve uma pressao por parte dos provedores para
> que este valor "simbolico" fosse aumentado, para que os provedores nao
> perdessem toda a carteira de clientes broadband - o valor foi nivelado
> por baixo com referencia ao provedor mais barato. Me parece que a
> resolucao do PROCON SP pode afetar mais os provedores do que as teles.
>
> -----Mensagem original-----
> De: Hermann Wecke [mailto:hermann at rodeios.com]
> Enviada em: quinta-feira, 16 de maio de 2002 16:10
> Para: Lista GT-ER
> Assunto: Re: [GTER] Decisao PROCON SP
>
>
> On Thu, 16 May 2002, Paulo Cesar Buerger wrote:
>
> > Alguem tem ideia de como isto vai se desenrolar ?
>
> Sim. A coisa vai ser assim:
>
> 1) PROCON é órgão mediador, e não resolutivo ou judiciário;
> 2) A Telefônica JÁ É - e está sendo por anos consecutivos - a campeã
> de reclamações no Procon;
> 3) Se n^x internautas assinantes do Speedy reclamarem no Procon, a
> Telefônica passará do primeiro lugar para... é, já é a primeira
> colocada;
> 4) A decisão do juiz de primeira instância (do Juizado Especial Cível)
> já foi desrespeitada pela Telefônica. Se ela não respeita a decisão de
> um JUIZ, porque iria aceitar a "decisão" de um órgão conciliador?
> Claro que ela deve ter bons motivos para descatar a ordem judicial.
> Pena que não use o mesmo corpo jurídico para dar cabo nos spammers que
> infestam sua rede.
>
> Portanto, a decisão do Procon é como dizer praquele backbone Estatal
> Brasileiro que o abuse tem que ser lido. É chover no molhado.
>
> Além disso, a Telefônica apoia-se na resolução/norma/parecer da Anatel
> que diz ser o speedy um SVA. O "único" erro da Telefônica em todo esse
> processo foi querer cobrar - via provedor - o que não cobra do usuário
> final. Se ela cobrasse TUDO o que ela quer receber do usuário final
> essa história de ISP (Internet Sem Provedor) nunca teria começado.
>
> Alguém já ouviu reclamações de outras operadores de broadband pelo
> Brasil afora? Não me lembro de reclamações da Telemar, por exemplo...
> ela cobra tudo do cliente, e o provedor acaba cobrando um valor
> "simbólico", só pra fazer valer o SVA. Como os R$ 3,50 do BrTurbo
> (acho que é isso...)
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