[GTER] Contratacao Canal
Carlos Ribeiro
cribeiro at mail.inet.com.br
Mon Jun 10 21:32:00 -03 2002
On Mon 10 Jun 2002 19:30, you wrote:
> Iremos contratar mais alguns enlaces para nosso AS e gostaria de algumas
> sugestoes sobre a especificacao (conexoes bacbone, n. hops, SLA, etc...)
> para ver se nao estamos esquecendo de nada e garantir, ou melhor,
> diminuir o risco de problemas.
Daniel,
Até onde eu saiba, ainda não temos um documento que possa servir como base
para uma especificação desse tipo. Por enquanto, cada um avalia estas
informações de uma forma diferente. O que posso fazer é comentar sobre
algumas dicas, em caráter geral.
(a propósito, este assunto vai diretamente de encontro a um documento que
comecei a compor, que busca definir uma 'taxonomia de acesso Internet.
circulei recentemente um sumário no grupo. espero que possamos chegar a um
consenso a respeito do tema).
As principais medidas de qualidade (indicadas pelo SLA) são a latência e
perda de pacotes. O problema é que a definição destes parâmetros é muito
vaga, tornando qualquer comparação um exercício de futilidade. Sem entrar em
detalhes, verifique se o SLA oferecido estabelece definições precisas e
critérios claros de medição para os parâmetros contratados.
Alguns itens que eu pessoalmente considero mais importantes do que o SLA são:
- Acesso direto ao pessoal de roteamento IP para ajustes rápidos e eficazes.
Em geral, o telefone de acionamento cai em um operador que não tem condições
de ajudar no caso de problemas. O processo de escalation deve ser rápido e
eficaz. Uma exigência que costumamos fazer é de ter acesso direto ao pessoal
de melhor nível técnico. Isso não é usual - afinal, são poucas as pessoas
qualificadas, que não podem perder tempo atendendo qualquer tipo de pedido.
Nosso argumento é de que quem está abrindo o pedido também tem no mínimo a
mesma qualificação; ou seja, se nós queremos falar com alguém de alto nível,
pode ter certeza de que nós sabemos do que estamos falando.
- competência da equipe de roteamento IP. Certifique-se de que o pessoal que
vai atendê-lo realmente entende do assunto. BGP4 não se aprende em qualquer
cursinho, exige prática. Certificações ajudam, mas em geral uma visita ao
centro de gerência, com a oportunidade de conversar com as pessoas
diretamente, vai resolver muito mais.
- elasticidade, ou seja, a capacidade de oferecer 'banda sob demanda'.
Imagine que você perde um link, e precisa redirecionar o tráfego. Pontos para
o provedor que conseguir reconfigurar o link em tempo hábil, aliviando o
congestionamento.
- política de roteamento BGP4 clara, preferencialmente com suporte a
mecanismos avançados, como autenticação, filtragem de rotas, RPF,
communities, etc.
Bom, deve ter muitas coisas mais, mas isso é um começo.
Carlos Ribeiro
CTBC Telecom
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