[MASOCH-L] Reverso gmail ipv6

Leandro Carlos Rodrigues leandro at allchemistry.com.br
Wed Oct 8 11:46:42 BRT 2014


Em 08/10/2014 11:29, Danton Nunes escreveu:
> On Wed, 8 Oct 2014, Leandro Carlos Rodrigues wrote:
>
>> Mesmo você explicando que existe uma configuração de boas práticas 
>> que o servidor remetente tem que configurar, o seu usuário não quer 
>> nem saber e já chega chutando o balde. Chega num ponto que eles 
>> começam a questionar seus métodos dizendo: poxa, se é tudo isso que 
>> ele diz, então porque o remetente consegue enviar para todos os 
>> demais domínios?
>
> eu sei que é uma opinião polêmica, mas usar o reverso não é uma boa 
> prática. não conheço RFC ou BCP que recomende o uso do reverso como 
> critério de prova da autenticidade do remetente. creio que essa 
> prática persiste somente pela tradição. teve lá seu valor nos anos 90, 
> quando não existia SPF, mas hoje atrapalha mais do que ajuda.

Verdade. Isso é só uma tradição mesmo. Mas simplesmente ignorar o 
reverso na sua própria rede te traz alguns problemas imediatos. Por 
exemplo: seu servidor não vai mais enviar mensagens aos usuários de 
alguns provedores importantes como o Terra. Existem diversos outros 
grandes provedores, que não sei ao certo se usam de fato mas conta como 
peso no anti-spam. E o pior de tudo é você conseguir provar que isso não 
é de fato uma boa prática, e ser ignorados por todos eles.

>
> afinal o que o teste circular do reverso prova? que o a/aaaa(ptr(ip)) 
> contém o ip. isso mostraria que esse ip tem uma certa relação com o 
> domínio direto. mas por muitas vezes essa relação não diz nada porque 
> é a mesma pessoa que implementa a(x) e ptr(x). Exemplo, da minha rede:
>
> $ host 187.17.32.1
> 1.32.17.187.in-addr.arpa domain name pointer 1.32.static.inexo.com.br.
> $ host 1.32.static.inexo.com.br.
> 1.32.static.inexo.com.br has address 187.17.32.1
>
> ok, esse endereço passa no teste circular pois ip -> nome -> o mesmo 
> ip, mas só pela cara do nome já dá para adivinhar que isso saiu de um 
> par de $GENERATEs.
>
> não há como exigir que o domínio do remetente no envelope seja igual 
> ao domínio do ptr, até porque um remetente vazio é um remetente 
> válido, as mensagens de erro são todas assim. (nota: há um monte de 
> servidores mal configurados por aí que rejeitam mensagens com 
> remetente vazio. os usuários desses sistemas não recebem mensagens de 
> erro quando suas mensagens não foram aceitas pelo outro lado.)
>
> então volta a pergunta: para que testar o reverso? que garantia um 
> reverso bonitinho, como todos os da minha rede graças ao $GENERATE, é 
> um bom enviador de email e não um spambot? nenhuma!
>
> e o teste de reverso é caro! ele custa duas consultas de DNS, o ptr e 
> o a/aaaa para recuperar o IP original e isso pode se multiplicar se o 
> ptr retornar um RRSET com vários nomes. me ocorreu agora ter um 
> endereço IP perverso cujo PTR retorne um RRSET imenso. seria quase um 
> ataque de negação de serviço pois o servidor ficaria empacado antes 
> mesmo de começar o diálogo do SMTP.

É caro, mas dá para fazer o cache se, por algum motivo qualquer, o 
administrador achar essencial. Mas a princípio, é um baita desperdício 
de recursos mesmo.

>
> -- Danton
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