[MASOCH-L] Tribunal de Contas do Ceará fracassa e abandona Softlivre
Tukso Antartiko
tukso.antartiko at gmail.com
Mon Aug 13 21:24:26 -03 2007
Pode ser que na sua empresa o computador seja utilizado apenas como
ponto de vendas, telemarketing ou alguma outra atividade puramente
procedural. Mas caso o foco da sua empresa seja outro retire a
criatividade/inovação e veja onde ela vai parar.
Procedimentos burocráticos, como evitar que o usuário instale software
por conta própria submetendo qualquer instalação à aprovação de uma
comissão de notáveis, que só se manifestará quando Inês já estiver
morta, minam esta inovação.
Bloquear a instalação de softwares é apenas uma solução barata para
mascarar a incompetência. Em uma organização saudável os funcionários
sabem que estão lá para trabalhar e existem as chefias que controlam a
produtividade agindo de acordo quando ela não está dentro do esperado.
Se isso não existe o usuário que não quer trabalhar continuará rodando
applets java, conversando com o colega ou no telefone, ouvindo música
no celular ...
Se o usuário (ou grupo de usuários) destrói o próprio computador
diariamente é papel da infraestrutura controlar o próprio trabalho e
reportar detalhadamente os custos. A gerência superior que decidirá se
o usuário está sendo criativo demais, se divergindo do foco ou se
realmente faz parte do trabalho dele. Se fizer parte do trabalho do
usuário é função da infraestrutura buscar soluções para o problema
(recuperação automática, VMs, duas máquinas para o usuário, ...) e
contabilizar os próprios custos para dar visibilidade quando for
necessário.
A infraestrutura tem que controlar os próprios ativos como a rede e
demais serviços que foram formalmente solicitados (hardware, SO,
anti-vírus, recuperação de dados, ...) e não ficar "tomando conta de
menino" para esconder a incompetência alheia. É bem provável que o
funcionário que vive procurando maneiras de fugir do trabalho gaste
muito mais recursos da empresa no tempo que foge do trabalho do que os
gastos necessários para controlar a rede e eventualmente restaurar o
computador.
Lógico que isso tudo é uma decisão de cada um, mas a
criatividade/inovação é um valor do Software Livre e não faz sentido
associar esta restrição como uma vantagem do mesmo enquanto a empresa
mais focada em DRM (softwares assinados, etc..) é a própria Microsoft.
On 8/13/07, Gustavo Mateus <gustavo at gustavo.eti.br> wrote:
> Tukso Antartiko wrote:
> > O argumento, citado por alguns, de evitar que o usuário instale
> > softwares por conta própria, limita a criatividade e vai contra os
> > princípios do software livre, se for este o caso seria melhor chamar
> > de software grátis.
> >
> Isso. Deixe a "criatividade" dos seus usuários fluir. Você vai ver que
> bela obra de arte aparecer no final.
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