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<P><B><FONT size=4>Associação Comercial é acusada de fraudar pesquisa
online</A></FONT></B> </P>
<P><FONT face=verdana size=1><SMALL>25/2/2003 - 13:53</SMALL> <A
href="mailto:"><B>Giordani Rodrigues</B></A></FONT>
<P>"A Associação Comercial deve ser responsabilizada por nome lançado
indevidamente no SPC?". Esta simples pergunta se tornou o estopim de um
imbróglio envolvendo o site Consultor Jurídico (Conjur) e a Associação Comercial
de São Paulo (ACSP). O Conjur acusa a Associação de ter fraudado uma pesquisa
online com este tema, posta no ar na semana passada. A ACSP nega, mas admite que
dezenas de funcionários votaram a favor da entidade.<BR><BR>De acordo com uma <A
href="http://conjur.uol.com.br/view.cfm?id=17055&ad=b"
target=_blank><B>nota</B></A> publicada pelo site, a centenária associação
paulistana teria usado um programa-robô (bot) capaz de burlar o sistema de
proteção que impede mais de um voto do mesmo usuário e que tinha sido "instruído
para a tarefa de ficar votando seguidamente na alternativa 'não' da pesquisa". A
artimanha fez com que o resultado fosse completamente subvertido, segundo as
acusações do Conjur. <BR><BR>O site informa que, nas primeiras horas depois que
a enquete foi ao ar, cerca de 500 leitores, representando 85% dos votantes,
marcaram a alternativa "sim", mostrando seu desejo de responsabilizar a
Associação Comercial pelo lançamento indevido de nomes de consumidores no
Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Mas entre quinta-feira e sexta-feira da
semana passada (dias 20 e 21 de fevereiro), "mais de 19.500 votos falsos foram
registrados na pesquisa, projetando a idéia de que as associações comerciais,
assim como os deficientes mentais, são juridicamente inimputáveis por seus
atos", afirma a nota. <BR><BR>Ocorre que o endereço IP dos votantes fica
registrado, o que permitiu a identificação da origem da fraude. O registro das
atividades, ao qual <B>InfoGuerra</B> teve acesso, mostra que um mesmo IP
pertencente à ACSP aparece milhares de vezes no relatório da pesquisa. O Conjur
levou o caso à Polícia Civil de São Paulo, registrando um boletim de ocorrência
e acionando a Delegacia de Crimes de Informática.<BR><BR>Por telefone, o
superintendente-geral da ACSP, Márcio Aranha, deu outra explicação para o
episódio. Ele afirma que funcionários da associação ligados ao setor de SPC
resolveram votar na pesquisa, fazendo com que o IP da entidade aparecesse
repetidas vezes no relatório. No entanto, nega veementemente o uso de qualquer
software ou tentativa de fraudar o resultado da enquete. "No máximo, o endereço
da Associação apareceria cerca de 90 vezes no registro, pois esse é o número de
funcionários que temos no setor de SPC", afirma. "Mesmo assim, acho pouco
provável que todos eles tenham votado". <BR><BR>Aranha também descarta a
possibilidade de que os funcionários tenham votado mais de uma vez, supondo
justamente a existência de um sistema de segurança que impediria tal
atitude.<BR><BR>O superintendente disse ainda que são os associados da ACSP,
isto é, os comerciantes, que lançam o nome dos maus pagadores no cadastro do
SPC, e não a entidade. Ele admite que ocorrem erros neste processo, mas afirma
que a Justiça tem eximido a ACSP da responsabilidade pelos lançamentos errados.
Ele não quis comentar sobre a abertura de um boletim de ocorrência, pois disse
que não havia sido intimado pela delegacia.<BR><BR>A pesquisa do Conjur, apesar
de já não ter mais validade, ainda pode ser vista online. Segundo a nota
publicada no site, a enquete será mantida no ar por mais algum tempo, para que
os autores da fraude "possam refletir a respeito do tipo de ganho que se pode
obter com iniciativas desse gênero".
<P>
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