[GTER] Possibilidade de blocos IPv4 para ASNs
Fernando Frediani
fhfrediani at gmail.com
Sat Aug 29 15:03:14 -03 2020
Olá a todos
Quero aproveitar a oportunidade deste email para passar uma mensagem
importante para a comunidade de operadores de rede Brasileira à respeito
deste assunto.
Ontem algumas pessoas fizeram uma brincadeira à respeito da
possibilidade de Sistemas Autônomos conseguirem mais blocos IPv4 para
sua operação, mesmo após a exaustão completa da pool de endereços IPv4
na região do LACNIC, e foi uma surpresa o número até que razoável de
pessoas que se interessaram por esta possibilidade querendo saber mais à
respeito.
Isso não é possível pessoal ! Por melhor e mais bem feita que seja a
proposta desconfie pois é impossível para qualquer Sistema Autônomo, por
mais nobre que seja a justificativa de uso ou mesmo que o provedor
esteja em franco crescimento dada a atual situação nenhuma empresa
Brasileira já detentora de recursos irá receber mais endereços sob
nenhuma hipótese.
É importante dizer isso para que pessoas não coloquem seu dinheiro em
propostas como essas onde não há muito o que fazer. Ao invés disso
invistam esforços para se adaptarem a utilizar aqueles endereços que
atualmente possuem para fazer um CGNAT bem feito e obviamente para
implantar IPv6 onde falta na rede.
Mesmo que outros Sistemas Autônomos que possuem IPv4 sobrando se
disponham à alugar ou "emprestar" endereços IPv4 cuidado com isso ! Não
existe previsão dessa prática na regras da região do LACNIC e o
Registro.br pode facilmente entender que o detentor daqueles endereços
"emprestados" não possui mais uso para eles e iniciar processo de
recuperação, afinal quando qualquer Sistema Autônomo recebeu os recursos
durante a justificativa é muito improvável que alguém tenha justificado
que iria utilizar os endereços para alugar ou emprestar para outro.
A única possibilidade de obter endereços IPv4 de acordo com as regras é
através das transferências, porém este é um processo complexo e bem caro
para um número bem reduzido de endereços IPv4.
Espero que isso ajude à esclarecer aqueles que ainda possuem alguma
esperança à respeito.
Fernando Frediani
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