[GTER] Como se antecipar ao downtime baseado na metereologia?
Ricardo Barbosa
spiderslack at yahoo.com.br
Thu Apr 11 20:57:21 -03 2019
Boa noite.
Lendo seu e-mail me lembrei de um projeto que participei mas não era
para um serviço de telecomunicações, mas sim sensores em uma linha de
montagem. O que fizemos foi medir os dados dos sensores por um
período(não lembro agora o período), com isso teríamos dados estatistico
uma amostra de quanto em quanto tempo um sensor falharia. Com esses
dados aplicamos Testes de hipoteses e regressão linear para tentar
prever com quanto tempo um sensor falharia. Claro que a falha de um
sensor não se compara com o clima por ser um dado não deterministico.
Porém creio que lendo o que você escreveu talvez poderia ser feito
estatisticamente é por exemplo "com quantos milimetros de água ocorre
uma inundação", "qual a velocidade do vento para desalinhar uma antena"
sei la e um palpite. O problema e criar essa base de dados. Voce teria
que ter um centro metereologico na sua empresa, ou ainda pegar das
empresas que fornecem essas informações. Aqui no MS temos o site do
INMET talvez pegar esses dados e cruzar com a ocorrência de incidentes.
http://www.inmet.gov.br/sonabra/pg_dspDadosCodigo_sim.php?QTcwMg==
Att.
Em 12/03/2019 11:16, T. Ayub escreveu:
> Aloha Edinilson,
>
>
> Obrigado por compartilhar sua experiência. Mas o que busco mesmo é um
> "efeito borboleta": tempo severo pode causar direta ou indiretamente dano
> às telecomunicações, seja rádio-enlace ou seja fibra:
>
> *1)* Temperaturas altas podem provocar travamentos em equipamentos
> eletrônicos em campo, fora de data center.
> *2)* Ventanias e chuva podem provocar interrupção prolongada de energia
> para além da autonomia de no-breaks e geradores.
> *3)* Granizo podem danificar permanentemente antenas de rádio enlace.
> *4)* Ventanias e granizo podem provocar quedas de árvores e postes rompendo
> fibras aéreas.
> *5)* Incidência de raios podem queimar equipamentos, principalmente os
> expostos em torres e rooftops.
> *6)* A alta pluviosidade pode reduzir (ou interromper) a modulação de
> rádio-enlaces.
>
> E a lista segue. O que gostaria de responder é:
>
> *a)* A partir de quantos milímetros de chuva um dado PoP ou cliente é
> afetado na maioria das vezes?
> *b)* A partir de quantos km/h de vento um dado PoP ou cliente é afetado na
> maioria das vezes?
> *c)* A partir de quantos graus celsius no bairro/cidade os equipamentos em
> campo começam a travar?
> *d)* Qual PoP ou qual cliente é costumeiramente afetado por granizo?
>
> Para plotar no mesmo gráficos estes índices e o número de incidentes
> preciso de uma fonte confiável destes dados. Com uma série história longa
> começarei a prever downtime provocado por incidente meteorológico. Poderei
> ver a previsão do dia e já presumir que um dado bairro ou PoP ou cliente
> terá problemas e agir preventivamente.
>
> O primeiro passo é: qual fonte de dados meteorológicos adotar?
>
> Abraços,
>
> Ayub
> --
> *Twitter*: https://twitter.com/Ayubio
> Canal no *YouTube* "Eu faço a internet funcionar":
> https://www.youtube.com/c/Ayubio
> *Blog*: https://medium.com/@ayubio
>
>
> Em seg, 11 de mar de 2019 às 19:18, Edinilson J. Santos <
> edinilson at atinet.com.br> escreveu:
>
>> Em 09/03/2019 18:43, T. Ayub escreveu:
>>> Aloha,
>>>
>>> Enquanto escrevo este e-mail atrás do meu notebook há uma janela onde
>> estou
>>> assistindo o prédio do outro lado ser golpeado lateralmente por gotas de
>>> água e granizo. Está chovendo e ventando tão intensamente que a chuva vem
>>> paralela ao solo e não perpendicular a ele na região metropolitana de São
>>> Paulo.
>>>
>>> Aqui Vivo e NET Virtua estão e pela cena que descrevi acima qualquer ISP
>>> estaria. Eu gostaria de antecipar o downtime de redes de
>> telecomunicações e
>>> internet baseado na metereologia.
>>>
>>> Imagino ser possível tomar nota da precipitação em milímetros de chuva e
>>> velocidade em quilômetros por hora do vento a cada episódio de donwtime
>> de
>>> um PoP (seja por danos às antenas, cabos ou falta de energia na região).
>> Se
>>> toda vez que passamos de 30 mm de chuva o PoP XPTO fica fora, se a
>> previsão
>>> do tempo diz que fará 35 mm em um dado dia, é possível já mandar equipe
>> de
>>> campo para o local e eventualmente até avisar os clientes.
>>>
>>> Vejo que a SOMAR, Climatempo e similares possuem serviço de
>> monitoramento e
>>> alerta meterológico voltado para eventos a seu aberto, agricultura e
>>> canteiro de obras. Será que vale a pena contrar esse tipo de serviço para
>>> um ISP ou operadora de telecomunicações?
>>>
>>> Alguém já implementou isso tem alguma experiência para compartilhar? Qual
>>> fonte de dados meteorológicos usou? Implementou alguma automação?
>>>
>>> Abraços,
>>>
>>> Ayub
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>> Como temos POPs em locais remotos, no passado (entre 2007 e 2012) eu
>> tentei fazer algo +- do tipo que você está pensando.
>> No meu caso, não seria especificamente para problemas com inundações, mas
>> problemas com raios (na época sistemas solares ainda eram inviáveis).
>> Queriamos desligar alguns POPs *ANTES* de tempestades de raios.
>>
>> Como estou em Atibaia/SP (60km de São Paulo Capital) acreditei que o CPTEC
>> INPE daria as informações mais acuradas para minha região. Porém, não
>> conseguimos, na época, chegar a resultados positivos pois as informações
>> não eram condizentes/atualizadas com o que estava acontecendo num
>> determinado dia/horário.
>>
>> Quando o INPE instalou o novo supercomputador chamado Tupã (1), achamos
>> que iria melhorar bastante a previsão mas, na prática, não mudou muito.
>> Confiávamos mais no nosso instinto de quem conhece a região que dava mais
>> certo.
>>
>> Por um tempo, tentamos também nos basear no Projeto P&D - Monitoramento de
>> Tempestades - COELCE -USP - UECE (atualmente chamado Raios Online) (2), mas
>> para minha região não mostrava, na época, dados confiáveis e atualizados.
>> Atualmente esse sistema Raios Online possui também as precipitações (3),
>> talvez seja o que você quer. Não sei SE é confiável, teria que testar.
>>
>> Resumindo: não tive sucesso, na época, para a finalidade que queria.
>>
>>
>> Acredito que a Defesa Civil de cada cidade utilize, atualmente, algum
>> sistema mais preciso para a finalidade que você quer. Precisaria descobrir
>> qual utilizam e se basear por esse sistema.
>>
>> Fica a dica: Como São Paulo (capital) é praticamente um mundo a parte,
>> talvez seja interessante montar uma Startup e vender esse tipo de serviço
>> para as empresas de Telecom....
>>
>>
>> Edinilson
>>
>>
>> [1] http://www.inpe.br/noticias/noticia.php?Cod_Noticia=2403
>> [2] http://www.zeus.iag.usp.br/
>> [3] http://www.zeus.iag.usp.br/sirt_novo.php
>>
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