[GTER] anúncio mínimo de prefixo ipv6 BGP.

Roosvelt David roosveltdavid at hotmail.com
Fri Jun 15 15:36:28 -03 2018


É exatamente essa linha de raciocínio Douglas!

por enquanto ainda não é uma questão que chame tanto a atenção pois a adoção do IPv6 ainda está engatinhando.

a tabela FULL do v4 contém mais de 725000 prefixos. ( vide: https://www.cidr-report.org/as2.0/ )

a tabela de IPv6 ainda possui cerca de 52000 prefixos. ( Vide: http://www.cidr-report.org/v6/as2.0/)

analisando no espaço-tempo, o IPv4 sempre teve um crescimento linear, constante ao longo dos anos. como pode ser visto nesse gráfico desde 15 de junho de 2005 - Hoje

https://www.cidr-report.org/cgi-bin/plota?file=%2Fvar%2Fdata%2Fbgp%2Fas2.0%2Fbgp-active.txt&descr=Active+BGP+entries+%28FIB%29&ylabel=Active+BGP+entries+%28FIB%29&range=--OR--&StartDate=15-Jun-2005+1715&EndDate=15-Jun-2018+1715&yrange=Auto&ymin=&ymax=&Width=1&Height=1&with=Step&color=auto&logscale=linear<https://www.cidr-report.org/cgi-bin/plota?file=/var/data/bgp/as2.0/bgp-active.txt&descr=Active+BGP+entries+(FIB)&ylabel=Active+BGP+entries+(FIB)&range=--OR--&StartDate=15-Jun-2005+1715&EndDate=15-Jun-2018+1715&yrange=Auto&ymin=&ymax=&Width=1&Height=1&with=Step&color=auto&logscale=linear>

e deve chegar a 1 milhão de prefixos dentro de uns 5 anos, seguindo a tendência. um crescimento de certa forma previsível.

se analisarmos a tabela global de prefixos de IPv6, no mesmo espaço tempo da tabela do IPv4, 15 junho/2005 - hoje

http://www.cidr-report.org/cgi-bin/plota?file=%2Fvar%2Fdata%2Fbgp%2Fv6%2Fas2.0%2Fbgp-active.txt&descr=Active%25+BGP%25+entries%25+%25%28FIB%25%29&ylabel=Active%25+BGP%25+entries%25+%25%28FIB%25%29&range=--OR--&StartDate=15-Jun-2005+1715&EndDate=15-Jun-2018+1715&yrange=Auto&ymin=&ymax=&Width=1&Height=1&with=Step&color=auto&logscale=linear<http://www.cidr-report.org/cgi-bin/plota?file=/var/data/bgp/v6/as2.0/bgp-active.txt&descr=Active%+BGP%+entries%+%(FIB%)&ylabel=Active%+BGP%+entries%+%(FIB%)&range=--OR--&StartDate=15-Jun-2005+1715&EndDate=15-Jun-2018+1715&yrange=Auto&ymin=&ymax=&Width=1&Height=1&with=Step&color=auto&logscale=linear>

podemos perceber um crescimento mais agressivo da tabela de IPv6 nos últimos anos,o que tem sido bem positivo. e sabemos que há muito mais espaço para crescimento no V6 do que no v4,  já que qualquer AS consegue um /32 de v6 que é uma “equivalência" a todos os ipv4 existentes.

 e o que não torna um cenário da FIB da DFZ bater “10 milhões de rotas” nada impossível dentro dos próximos anos com a adoção crescente do v6.

 E isso pode justamente “gerar” um problema com caixas de menor capacidade de FIB, principalmente legadas.

Por essa questão que acabou surgindo essa dúvida se sair picando o bloco em trocentos bloquinhos menores vai ser uma boa prática no decorrer dos anos no caso do IPv6. E ao procurar uma definição do que seria o ponto de corte ideal do tamanho do prefixo que me deparei com essa nebulosidade, sem um cenário muito definido do que seria o “IDEAL”.

Apenas discussões que mais estão para “Acordo de cavalheiros” do que para uma Boa prática referendada de fato. a BCP 194, foi o que chegou mais perto de dar uma definição, mas é justamente essa em palavras mais simples: “se acertem ai entre os peers” e o “se acertem ai” acaba remetendo a situação dos menores prefixos delegados.  E isso me deixou encucado sobre o ponto de corte ideal do tamanho dos prefixos.



Em 14 de jun de 2018, à(s) 5:46 PM, Douglas Fischer <fischerdouglas at gmail.com<mailto:fischerdouglas at gmail.com>> escreveu:

Olá Roosvelt.

Creio que entendi perfeitamente a tua dúvida... E faz todo sentido.
Na verdade, se for analisar essa preocupação tem a ver com o tamanho da FIB
que é usada pela DFZ(Full-Routing Internet).

Em palavras mais grosseiras:
"Se todo zé que pega um /32(v6) começara quebrar ele loucamente em
pouquinho tempo a FIB da DFZ v6 estará batendo 10 milhões de rotas."
É por aí?

Essa é uma preocupação extremamente válida!
Eu não sei se existem estudos sobre isso, mas certamente a curva de
crescimento da capacidade da FIB dos Routers certamente não acompanha a Lei
de Moore.
Acho que nem se quer acompanha o crescimento de capacidade computacional
básica (Proc+Mem+Disco) dos últimos anos.


Exatamente o porque esse crescimento ser menor eu não sei não...
Mas desconfio que esteja relacionado aos métodos de desenvolvimento de
ASICs e FPGAs.
Colocar 20 milhões de rotas na memória é "fácil", mas fico imaginando que
colocar 20 milhões dentro de ASICs lá na NIC não seja tão fácil assim.




Uma coisa que me deixou "encucado" foi sobre o porque do /24 ser "o maior
prefixo aceito" na DFZ...
Tenho a lembrança de ter papeado com alguém sobre isso e alguém terem me
dito que não existe RFC que explicite que prefixos mais longos que /24(v4)
e /48(v6) sejam descartados...

Até perguntei para um grupo de amigos, e um dos Jedi mencionou a BCP 194.
Só que ela é de 2015, e ela não define explicitamente qual é o tamanho
máximo do prefixo que deve estar na DFZ.
Ela(194) fala que isso deve ser acertado entre as partes do Peer...


Então fica aí a pergunta para a galera:
Aonde tá escrito que /24 é ponto de corte dos prefixos de Internet?


Em 12 de junho de 2018 21:50, Roosvelt David <roosveltdavid at hotmail.com<mailto:roosveltdavid at hotmail.com>>
escreveu:

Já assisti essa palestra do Balbinot, que é excelente, e todos que estão
adotando o IPv6 em larga escala em seus ISPs tem Obrigação de assistir.
quem ainda insiste em delegar prefixos menores que /56 ou o /64 pra
assinantes só vai ter dor de cabeça.

——

PORÉM,  minha referência não é referente ao usuário final “Assinante
varejo/corp do ISP” e sim ao usuário final “ASN" com recursos próprios de
numeração. conforme definido no item 3.2  desta página.
https://registro.br/tecnologia/provedor-acesso.html?secao=numeracao

me referi aos Usuários finais ASN, ou seja ASNs que não são considerados
ISPs. pois estes recebem a delegação dos RIRs de um prefixo /24 de IPv4 e
/48 de IPv6 próprios.

Ou seja, uma empresa com ASN próprio que não possui seus prefixos
atrelados a operadora A ou B. e pode mandar a Operadora de Transito ir
pastar quando bem entender sem perder os prefixos.

acho que essa referência a ASNs não ISP como "usuários finais" causa uma
certa confusão. rs

menciono eles,  pois eles definem uma métrica mínima de tamanho de
prefixos aceitáveis pelos trânsitos para fechar uma sessão BGP.

Estou detalhando melhor pois recebi várias msg no pv com a interpretação
equivocada de “Usuários finais”  chovendo no molhado com a delegação para
assinantes. que não é o foco da minha dúvida.

———

a minha dúvida É DO OUTRO LADO DA REDE, na Borda. conversando com as
Operadoras de transito no BGP.

o cenário é o seguinte:

tenho meu ASN e meus upstreams: Operadora A, Operadora B, Operadora N…

considerando as menores alocações possíveis atualmente:

o ASN ISP recebe um /32 de IPv6 delegado pelo RIR, assim como um /22 de
IPv4.

o ASN não ISP("usuário final") recebe um /24 de IPv4 e um /48 de IPv6 do
RIR.

seguindo a “herança”(notem as aspas) do IPv4 onde se fragmentava o prefixo
maior (/19, /20, /21…) em diversos /24 que são os prefixos minimamente
aceitados pelos UPSTREAMs para fechar uma sessão BGP. (embora ultimamente
ande aparecendo uns /25 perdidos por ai…) ou os /24 mais específicos pra
forçar o tráfego a vir por Transito A, B, n…

pressupõe-se desta forma que no IPv6, sendo o /48 o menor prefixo aceito
para fechar uma sessão BGP, eu teria de quebrar meu /32 em 65536 prefixos
/48 para anunciar de forma “mais específica” para os meus trânsitos.

Porém isso fica um tanto óbvio que tratam-se de protocolos distintos, e
aplicar a mesma métrica culminaria com uma dispendiosa configuração e
manipulação desses prefixos.

Portanto a “herança” do IPv4 de anunciar os prefixos mais específicos com
o mínimo aceitável do /24, no IPv6 o uso do /48 como anúncio extremamente
específico acaba-se sendo aplicada somente em casos extremamente
necessários. ou se houver downstreams ASN que só possua o /48.

portanto a minha dúvida é se existe alguma BCOP ou RFC que recomende a
fragmentação do /32 de IPv6 para ser anunciado nos meus Upstreams. se
fragmento em /36, /40 ou /44, ou outro tamanho que seria uma métrica
recomendável de fragmentação dos prefixos para anúncios.

normalmente tenho trabalhado "quebrando" o /32 em prefixos /36 para serem
anunciados nos Upstreams, que até o momento tem atendido perfeitamente.

como falei no primeiro e-mail, é uma dúvida boba que acabou surgindo hoje
quando vi muitos anúncios de/38  /40 e /44,  /46  na tabela global e que
acabou me levantando a questão de se existe um tamanho de prefixo padrão
orientado por alguma BCOP ou RFC?

https://labs.ripe.net/Members/dbayer/visibility-of-prefix-lengths

Se posso continuar “quebrando" o /32 para anúncios no BGP dos meus
trânsitos da forma que eu achar melhor, sem que haja o questionamento:  “ah
fulano, precisa trabalhar com anúncio de prefixos maiores que /XPTO”.

Pois pelo que eu pesquisei, não existe nem certo nem errado no tamanho da
fragmentação dos prefixos para anúncios no BGP, somente que devem ser
maiores que /48 para que seja possível o anúncio nas Operadoras de
Trânsito. soa estranho pois no IPv4 os padrões de tamanho do prefixo de
anúncio já eram amplamente consolidados.

porém agora com o IPv6 com uma quantidade gigantesca de IPs, onde dentro
de um simples /32 temos 4.294.967.296 prefixos /64. ou seja todos os IPv4
existentes na “equivalem" a um simples /32 de IPv6.  e ao ver essa
proporção sinto ao anunciar um /36 como se eu estivesse anunciando o
equivalente ao /8 no IPv4. são dúvidas que surgem quando se começa a ter a
dimensão do tamanho de um simples /32 de IPv6.


Abs,




Em 12 de jun de 2018, à(s) 4:08 PM, Eduardo Schoedler <listas at esds.com.br
<mailto:listas at esds.com.br>> escreveu:

Assista a palestra do Luis Balbinot na penúltima GTER, ele trata
justamente sobre isso.

Abs,

Em 12 de junho de 2018 10:30, Roosvelt David
<roosveltdavid at hotmail.com<mailto:roosveltdavid at hotmail.com>> escreveu:
Senhores

Acredito ser um assunto bobo, porém pesquisando nas RFCs e documentações
da IANA, RIPE, ARIN, LACNIC  não vi um consenso sobre qual o mínimo prefixo
aceito como boa prática em anúncios BGP de IPv6. o equivalente ao /24 do
IPv4.

as menores delegações de IPv6 feitas pelas RIRs estão sendo um /48 para
usuários finais, logo pressupõe-se logicamente que o mínimo aceitável é o
/48.

porém vi em fóruns do reedit e em alguns blogs discussões acaloradas
defendendo o uso de /44, /40, /36, como anúncios mínimos por quem tem
blocos maiores.

na visão dos Senhores, qual seria a melhor boa prática nos anúncios de
IPv6 por ISPs? neste caso aqui vamos excluir os usuários finais que tem
essa especificidade de receber no mínimo um /48 e focar nos ISPs que
possuem prefixos delegados em médio de tamanho /32.

Qual a menor fragmentação adequada e que seria uma "boa prática” ou um
consenso aceito para se fazer dos /32? assim como “quebramos" um bloco
grande de ipv4 em diversos /24 para anúncios nos Upstreams. o que é hoje
aceito como adequado no cenário de IPv6?

desde já agradeço o feedback dos senhores
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Eduardo Schoedler
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Douglas Fernando Fischer
Engº de Controle e Automação
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