[GTER] RES: RES: RES: Petição para Internet sem Limite de Trafego.

Israel Ramos israel.melo.ramos at gmail.com
Sat Jan 21 19:44:02 -02 2017


Flavio,

Não há maneira precisa, coerente e linear para realizar o controle da
quantidade de "bits" você está consome se medidos em pontas diferentes da
rede. A medição de tráfego é realizada por amostragem. Estando ciente deste
ponto já sabemos que teremos problemas com divergências nas aferições. E
isso e um dos primeiros problemas para se preocupar.

Indo um pouco além, profissionais que trabalham com TI e que entendam o
básico sobre os principais protocolos (TCP/IP, UDP, HTTP, e etc) sabem que
a internet é construída para ser resiliente, tolerante a falhas o que
reflete diretamente em reenvio de pacotes, handshake de conexão, mecanismos
de time out, multicast, etc, etc. Fora a questão do reenvio de pacotes
existem também as diferentes técnicas de compressão de arquivos,
transmissão de dados, construção de sites, utilização de webservices,
integração de serviços, coleta de estatísticas, refresh automático de
página, pré carregamento de imagens, carregamento de anúncios, cache e mais
uma infinidade de coisas que acontecem nos bastidores e que consomem
tráfego enquanto o usuário está acessando determinado serviço. Por exemplo,
quanto você consome de tráfego ou qual o total em Megabytes você precisa
para acessar a Home de notícias do UOL ou qualquer outro site? Pode ser que
vc utilize 10MB, mas se você der um refresh na página esse número pode
aumentar ou diminuir muito. E essa aleatoriedade ocorre pela combinação de
diferentes fatores como os que eu mencionei acima.

Mesmo para profissionais de tecnologia é muito difícil mensurar de forma
precisa esses dados. Imagine então para um usuário leigo.
Já é muito difícil entender coisas exatas, imagine entender coisas
aleatórias. Com quais argumentos você vai explicar discutir com seu cliente
quando o mesmo contestar uma fatura? (isso é, se você irá fornecer fatura
de consumo)

Outro exemplo: Imagine um determinado dia que você teve problemas na sua
rede que causou grande congestionamento e perda de pacotes. Então o cliente
no final do mês percebe que houve um aumento repentino de 30% no consumo.
Você vai cobrar isso do cliente? E como você vai ter certeza se esse
aumento foi realmente provocado por um problema na sua rede ou se foi o
próprio cliente?

Infelizmente tráfego de dados não é como um cano de água que você pode
colocar um higrômetro. E mesmo que você meça o trafego, haverão
divergências se forem medidos em lugares diferentes da rede. E além dessa
questão diferença da medição ainda existe a falta de linearidade entre o
que é trafegado e o que realmente é consumido pelo cliente.

Se alguém me apresentar soluções para esses problemas, talvez eu reveja
minha opinião. Mas por enquanto prefiro manter minha oposição a respeito
desse da implantação de franquia de dados.





On Sat, 21 Jan 2017 at 18:36 Flavio Rescia Dias <flavioresciadias at gmail.com>
wrote:

> Eu sou um cliente preguiçoso e para mim pagar para receber 100% de
> utilização possível por 100% está ótimo, então como consumidor acho ruim e
> se uma operadora oferecer um plano "ilimitado" eu vou preferir.
>
> Se hoje eu pagasse R$100 por um link de 1bps eu conseguiria
> consumir 2592000bits/mês, se me oferecerem um plano com franquia de
> 2592000bits/mês será o mesmo que a atual "franquia ilimitada".
>
> Mas se a operadora oferecer um plano com franquia de transferência em bytes
> igual a metade, me cobrando metade do valor ou um pouco a mais, seria um
> bom negócio. Afinal eu não uso meu link 100% do tempo. Porém a maioria das
> operadoras oferece serviços ruins, não tem credibilidade e devem usar esse
> mudança para ganhar mais dinheiro. No meu exemplo da CavernaNet eu poderia
> pagar R$50 por 2592000bits/mês. Se tentassem me enganar eu procuraria
> outra, se não tivesse opção, como hoje muitos não tem eu contrataria o
> melhor dentro das possibilidades.
>
> Li todo o fluxo da discussão e o que conclui foi:
>
>    - Pessoas estão pensando como o cliente preguiçoso que eu sou e com medo
>    das operadoras tirarem vantagem da situação;
>    - Essas pessoas estão discutindo com sócios e colaboradores de
>    provedores que NÃO tratam os clientes como a maioria das operadoras;
>    - O Brasil é uma bagunça fiscal e deveria mudar muitas coisas;
>    - O Brasil tem um governo que usa mal seu dinheiro, quando não distribui
>    entre os membros do próprio governo;
>    - Nenhum das minhas conclusões muda a minha opinião de que o mercado e
>    os fornecedores com seus produtos é que devem regular preços;
>
>
> Flávio Rescia Dias
>
> Em 20 de janeiro de 2017 17:47, Marcelo Terres <mhterres at gmail.com>
> escreveu:
>
> > Eh, eh soh mais uma tecnica do governo para receber mais impostos
> > disfarcando o nome.
> >
> > Significado de Contribuição
> >
> > s.f.Ato ou efeito de contribuir.
> > Parte que toca a cada pessoa numa despesa comum.
> >
> >
> > Pagamento devido por cada cidadão ao Estado ou à municipalidade; tributo.
> >
> > Nao precisa dizer mais nada...
> > Marcelo H. Terres <mhterres at gmail.com>
> > IM: mhterres at jabber.mundoopensource.com.br
> > https://www.mundoopensource.com.br
> > https://twitter.com/mhterres
> > https://linkedin.com/in/marceloterres
> >
> >
> > 2017-01-18 14:31 GMT+00:00 Fred Pedrisa <pedrisa at hyperfilter.com>:
> > > São contribuições que somos "obrigados" a pagar, através de
> "imposição",
> > não
> > > é algo opcional. Portanto, pode ser sim chamado de imposto !
> > >
> > >
> > >
> > > On 18/01/2017 12:20, Bruno Cabral wrote:
> > >>
> > >> PIS COFINS CSLL são contribuições, não impostos, e as alíquotas são
> > >> substancialmente menores que o ICMS que varia entre 25 e 42% da tarifa
> > >>
> > >> IRPJ existem mil maneiras de pagar pouco.
> > >>
> > >> !3runo
> > >>
> > >> ________________________________
> > >> De: gter <gter-bounces at eng.registro.br> em nome de Leandro Carlos
> > >> Rodrigues <leandro at allchemistry.com.br>
> > >> Enviado: quarta-feira, 18 de janeiro de 2017 12:03:02
> > >> Para: Grupo de Trabalho de Engenharia e Operacao de Redes
> > >> Assunto: Re: [GTER] RES: RES: RES: Petição para Internet sem Limite de
> > >> Trafego.
> > >>
> > >> Em 18/01/2017 11:45, Rubens Kuhl escreveu:
> > >>>>
> > >>>> O imposto que incide em Telecom é o ICMS, que é estadual, o governo
> > >>>> federal não tem aumento de arrecadação com essa medida
> > >>>>
> > >>> PIS, COFINS, CSLL e IRPJ são federais.
> > >>
> > >> Interessante como nossos impostos são tão "camuflados", que muitos
> > >> cidadãos não se dão conta a proporção de impostos dentro de um produto
> > >> ou serviço. A primeira vista é simples mas, se destrinchar, vai ver o
> > >> real emaranhado medonho desse sistema.
> > >>
> > >> Segue um vídeo muito interessante sobre simplificação tributária, que
> > >> assisti esses dias:
> > >>
> > >>      https://www.youtube.com/watch?v=CPg1JYiRGmo
> > >>
> > >> Minha opinião é que produtos serviços considerados essenciais, pelo
> > >> próprio governo, deveriam ser imunes a qualquer tipo de imposto, seja
> > >> federal, estatual ou municipal, mesmo aqueles pela renda.
> > >>
> > >> Tributar aquilo que é considerado um direito é uma das maiores
> > >> contradições lógicas que eu já vi na vida.
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