[GTER] Franquias NET

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Sat Feb 25 08:36:33 -03 2017


Na verdade, vejo as operadoras comprando as concorrentes. Assim,  ao invés de investirem em suas redes impedem o crescimento da infra estrutura.

No início as operadoras deviam entregar apenas 10% do que ofereciam. Algo como vender o mesmo terreno para 10 pessoas né? Hoje exigem das operadoras um pouco mais de qualidade. Então, o lucro diminuiu. Não usaram a liberalidade do Estado para crescerem. Apenas se acostumaram com o lucro fácil.

Agora, querem estender as franquias dos planos celulares para os fixos. Onde certamente irão lucrar ainda mais e sem necessidade de investimentos. Fica ótimo para as operadoras e só vai ficar ruim mesmo para os usuários né? Só vai ajudar a manter nosso País entre o grupo dos subdesenvolvidos.

A Telefonica chegou a me vender conexão de fibra aqui na chácara, instalaram a linha que exigem para tal. Mas, neste meio tempo, compraram a GVT. Resultado, desde então, me esqueceram, parece que eu é quem subiu no poste e puxou os fios.

Então, embora dizem que as promoções oferecidas a novos clientes devam se estender aos antigos. Eu continuo pagando uma fortuna por uma conexão de 2MBPS. Não existe disponibilidade nem mesmo para comprar outras conexões de 2MBPS para ligar em um roteador com load balancer.

Mesmo em São Paulo, a história é a mesma não há disponibilidade. Não existem portas e assim vai.

Porque investir na rede pagar propina para quem ocupa os cargos públicos é muito mais rentável para as operadoras do que investirem na infraestrutura.



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De: gter <gter-bounces at eng.registro.br> em nome de Tiago SR <listas at tiagosr.com>
Enviado: sábado, 25 de fevereiro de 2017 04:04:28
Para: Grupo de Trabalho de Engenharia e Operacao de Redes
Assunto: Re: [GTER] Franquias NET

Que resposta vazia e desconexa...

Falência da Oi é outra coisa (mas tem dedo do Estado nisso, como na ridícula exigência de manter orelhões mesmo dando prejuízo). Estou falando das motivações para implantação de franquias, se é necessário dizer. E nesse caso, a culpa é bastante do Estado, como já expliquei. As operadoras estão fazendo a parte delas, investindo em novas redes e ampliações, e a perda de usuários para provedores regionais é, infelizmente, ainda irrisória, a ponto de não causar quedas tão grandes em lucros. Migrações entre serviços das operadoras do cartel não causaria prejuízo em todas, muito menos migração para serviços de menor custo (empresa não oferta algo que não seja lucrativo).

Não sei onde você está vendo monopólio de empresa privada em telecomunicações. Sabe a diferença entre isso, oligopólio e cartel? A propósito, o único monopólio que existe nesse setor é da União/Estado, que você tanto idolatra. Sabe a diferença entre governo e Estado?

Tenho a impressão de que essa mania de esquerdista de chamar empresário por "capitalista" é uma forma besta de dizer que no capitalismo é "eles lá e nós (consumidores) aqui". Consumidor faz parte do capitalismo e se beneficia muito disso (vai ver quem quer largar tudo isso por maldição de socialismo ou comunismo - nem esquerdista quer, são todos mentirosos e hipócritas os que dizem o contrário, e provam isso pelos seus atos contraditórios). Todo empresário sabe que o objetivo maior da empresa é atender demandas de consumidores, tendo retorno em dinheiro na proporção em que isso é bem feito, você não é o primeiro a perceber isso.

Enfim, o que temos em telecomunicações é capitalismo de Estado, onde boa parte da culpa dos problemas é do dito cujo. Se fosse um capitalismo de livre mercado, você poderia colocar toda a culpa à vontade nas empresas privadas. E note um detalhe importante que eu disse, mas sua pressa em vir correndo defender seu Estado amado não o deixou perceber: "Como QUASE SEMPRE, a culpa é do Estado!". Entende o significado desse "quase" aí, certo?

De todo modo, o ponto do meu e-mail foi de que a motivação para adoção de franquias não aparenta estar relacionada a deficiência de infraestrutura ou operadoras querendo lucrar em fazer investimentos nela. Ao invés de discutir isso, que é o assunto da discussão, você vem correndo defender maldição de Estado.


 ---- On Sat, 25 Feb 2017 00:25:32 -0300 Bruno Cabral <bruno at openline.com.br> wrote ----
 > Quer dizer que a culpa da quebra da Oi é do estado e nunca da má gestão dos executivos que pensam nos seus bônus e não no futuro da empresa?
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 > Quer dizer que procurar serviço mais barato e flexível é culpa do usuário e não da empresa que tem monopólio, subsidio cruzado (assinatura básica), não presta o serviço (bônus ao inves de cobrar por minuto usado), sem contar o preço alto?
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 > Esse boato me parece bem manipulado por aqueles que adoram culpar o governo por tudo, mas nunca assumem que o vilão real é outro. Como quase sempre, a culpa é do capitalista ganancioso que só pensa em si e não percebe que capitalismo não resiste se não houver quem possa consumir os produtos!
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 > Se a empresa não tem competência para executar a concessão, devolva e vá vender missangas. Por que nenhuma larga o osso? Já pensou nisso?
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 > Não tem nada a ver com os lucros caindo desde 2013 (ou até antes, não pesquisei melhor) por causa do infinitamente crescente "custo Brasil", uma recessão causada por um governo desprezível e a migração em massa dos serviços de voz para OTTs, certo? Pesquise no Google e verá: "lucro cai site:telesintese.com.br". Note que mesmo assim os investimentos em infraestrutura foram mantidos ou até aumentados, no caso de várias operadoras. As novas redes de acesso FTTH e FTTC (VDSL2 e DOCSIS 3.0) do Vivo Fibra, TIM Live, NET Virtua e Oi Fibra vão muito bem (as reclamações que surgem são isoladas e não relacionadas a sobrecarga)! As rede de transporte também estão muito bem, do contrário até provedores estariam com problemas nos seus links.
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 > Uma vez que a troca dos serviços de voz por dados tem reduzido os lucros das operadoras, está evidente que o modelo atual em que são prestados não é muito interessante para elas, que vão tentar implantar formas de melhorar isso (elas pensaram em franquias, mas devem existir outras). Notar que a migração para OTTs é um efeito global, mas não é em todos países em que as operadoras estão usando franquias como uma medida para contornar os efeitos disso. A mesma Telefónica, que foi a primeira a falar nisso aqui no Brasil, por meio da Vivo, não deu sinais da mesma intensão na Movistar. A diferença? A economia dos países que a Movistar atende não está tão destruída como a do Brasil, então a população ainda tem bom poder de compra e há espaço para outras medidas não tão severas.
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 > As operadoras divulgam relatórios financeiros, mas alguém já viu algum relatório de infraestrutura? Então de onde tiram esses apontamentos infundados? Esse boato me parece bem manipulado por aqueles que adoram culpar empresas privadas por tudo, mas nunca assumem que o vilão real é outro. Como quase sempre, a culpa é do Estado!
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