[GTER] Segestao de RFC

João Butzke lista-gter at tbonet.net.br
Mon Dec 11 09:37:19 -02 2017


464XLAT

Saudações, João Butzke.
Em 11/12/2017 09:22, Danton Nunes escreveu:
> On Mon, 11 Dec 2017, Junior Corazza wrote:
>
>> Conforme disse em minha apresentação na GTER44, em alguns provedores que
>> faco consultoria devido a falta de endereços IPs para o acesso resolvi
>> substituir todos os IPs publicos do backbone para IPs privados da 
>> rfc1918.
>> Com isso ganho alguns endereços para que sejam aplicados no acesso de
>> clientes.
>>
>> Essa pratica nao eh nova e ja eh utilizada por muitos, mas encontrei 
>> alguns
>> problemas utilizando esses IPs e nao achei nenhum outro documento que 
>> defina
>> um bloco pra isso.
>
> o principal problema, como Rubens bem notou durante tua apresentação, 
> é o endereço de retorno de mensagens ICMP, que não será roteável.
>
> creio que o uso de interfaces 'unnumbered' resolveria esse problema 
> pois as mensagens ICMP viriam com o endereço da interface referenciada 
> (normalmente loopback ou algum ethernet).
>
>> Por isso gostaria de montar um grupo para submetermos ao IETF uma 
>> DRAFT de
>> RFC para que possamos delegar um bloco especifico para essa 
>> aplicacao, tendo
>> em vista que ja temos varias outras RFCs que delegam blocos para usos
>> específicos nao creio que seja uma tarefa dificil
>
> fica a pergunta, será que não seria trocar seis por meia dúzia? esse 
> novo bloco, que você até sugeriu qual seria, seria tão pouco roteável 
> quanto os blocos da BCP-5 (aka RFC-1918). para que fossem roteáveis 
> seria necessário uma autoridade (RIR?) que delegasse os endereços do 
> bloco para que fossem únicos, e que fossem anunciados pelo BGP. Não 
> creio que um bloco /16 teria essas características.
>
> se for para ficar sem as mensagens do ICMP então não há porque não 
> usar os endereços BCP-5.
>
> enquanto voltava para casa na Vila Mariana, espremido como sardinha em 
> lata no trem da CPTM, pintou uma ideia simples: porque não fazer todo 
> o encaminhamento da central ao cliente em nível 2 (ou dois e meio no 
> caso), sem usar qualquer endereço IP, através de uma malha MPLS. Do 
> ponto de vista de IP a malha toda viraria um único salto e não seriam 
> necessários endereços IP nos roteadores intermediários (ou poderiam 
> ser endereços BCP-5, ou ainda IPv6, completamente invisíveis para o 
> mundo externo). Além disso MPLS permite fazer alguma engenharia de 
> tráfego, tipo controle de banda, e encaminhamento dinâmico para 
> aproveitar caminhos redundantes.
>
> -- Danton
> -- 
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