[GTER] Trânsito - 95th percentile / Burstable

Fernando Frediani fhfrediani at gmail.com
Thu Oct 27 00:04:08 -02 2016


Olá pessoal.

Com esses dois eventos que tivemos recentemente com o IX-SP acredito que
ficou ainda mais evidente para muitos provedores, principalmente os
pequenos e médios a dependência desta conexão.
Acredito que a maioria aqui pôde presenciar ou sabe de algum colega que
ficou com seu link de trânsito totalmente 'topado' enquanto a equipe do
IX.br trabalhava para reestabelecer o IX-SP.

Nisso entra um assunto que eu já venho falando e insistido muito nesses
últimos anos: a maneira que a maioria os links de trânsito são vendidos no
Brasil, ou seja, links flat com velocidades estáticas capadas no valor
contratado.

Este é um exemplo perfeito aonde o uso de links com 95th percentile /
burstable teria salvo muita gente de ter responder chamados de seus
clientes reclamando de lentidão ou ficado em apuros e acendendo velas para
o IX-SP voltar o mais rápido possível.

Para quem ainda não conhece este modelo de venda de trânsito basicamente
você contrata uma velocidade X (e.g: 300Mb) chamada de CDR (Committed Data
Rate) porém fica com a porta liberada (e.g: 1Gb) para utilizar nos momentos
de pico da sua rede e a cobrança do tráfego é feito baseado em uma fórmula
matemática que desconsidera as 5% maiores medições feitas ao longo do mês.
Mais informações em: https://en.wikipedia.org/wiki/Percentile

Ainda hoje quando falo a respeito vejo muita gente surpresa e dizendo que
jamais imaginava que era possível comprar trânsito desta forma.
Acredito fortemente que esta limitação se deve mais a um fator cultural do
que técnico, por puro desconhecimento por parte de gerentes de produtos,
gerentes de contas e é claro por falta de cobrança por parte dos clientes.

Portanto encorajo cada um que ainda possui seu link flat, capado em uma
velocidade contratada anos atrás quando chegar o momento de renegociar
contrato ou fazer upgrade que bata o pé e exija isso do seu Gerente de
Contas, dando exemplos de concorrentes que já fazem isso por aqui para que
ele possa levar isso até a Engenharia e a Direção da empresa para atualizar
seus modelos comerciais e adequar tecnicamente.

Além de ser o modelo mais comum e amplamente difundido tanto na Europa
quanto nos Estados Unidos é algo que se bem feito comercialmente não impõe
nenhuma perda de receita para a telecom que vende assim além de só vir a
flexibilizar e ajudar os consumidores de conexões nesse modelo.

Abraços a todos.

Fernando Frediani



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