[GTER] DHCP

Rubens Kuhl rubensk at gmail.com
Mon Nov 23 14:42:05 -02 2015


2015-11-23 9:28 GMT-02:00 Gustavo Stocco <gustavostocco at gmail.com>:

> Caros colegas,
>
> Participamos de alguns treinamentos da plataforma Fiberhome ministrados
> aqui no Brasil e nos foi comentado um cenário que acabou gerando uma
> dúvida.
>
> O comentário foi que o Brasil é um dos poucos países que adota o PPPoE como
> método padrão de conexão. Que o mesmo é totalmente desnecessário em
> cenários como o FTTH.
>
> Já trabalhamos com telecom há cerca de 8 anos e desde sempre utilizamos
> PPPoE para autenticar nosso clientes.
> Primeiro cenário, meados de 2008, foi o padrão mais utilizado na época.
> Rede toda em bridge com PPPoE injetado na rede.
> Depois adicionamos VLANs dentro da rede bridge para segmentarmos
> virtualmente.
> E por último, que é a do cenário atual, a rede está 100% roteada,
> segmentada, utilizando protocolos de roteamento dinâmico, OSPF.
>
> Agora nas redes FTTH para acesso assinante tudo volta para a Layer 2.
>
> Essa informação dele procede? Utilizar o DHCP para fornecer acesso aos
> assinantes é uma forma mais funcional? A explicação dele dada me pareceu
> bem plausível, mas não custa ouvir as opiniões dos colegas.
>

PPPoE é tão Layer 2 o que esse cenário está propondo, então não é esse o
ponto.
PPPoE se tornou comum no Brasil porque ele dá uma falsa sensação de
segurança em redes intrinsecamente inseguras, e uma falsa sensação de
diagnóstico de qualidade quando há muitas outras formas de se mensurar
qualidade de experiência sem um protocolo de controle que transforma um
mundo naturalmente stateless num sistema orientando a conexão.

PPPoE só tem uma utilidade real que é medição e cobrança por bytes
trafegados; como as redes FTTH tendem a afastar essa perspectiva (que não é
bem recebida por nenhum grupo de clientes exceto as redes de máquinas de
cartão de crédito cujo tráfego é baixo), exceto em locais com elevados
custos de acesso a Internet (ex: acesso via satélite em Fernando de
Noronha), ele faz pouco sentido.

Agora, isso não significa recriar um mar L2... o roteamento pode ser feito
no próximo hop, pode ser feita uma VPN L3 transportando os pacotes de forma
isolada da infra-estrutura, pode ser criado um backbone MPLS com roteamento
por instâncias...

... acho que tem um pouco de "Quem mexeu no meu queijo ?" aqui.


Rubens



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