[GTER] Indicação - Switch 10Gb/s
Shine
eshine at gmail.com
Tue Jun 17 19:02:09 -03 2014
Romulo,
Existem muitos fabricantes que produzem modelos de switches com qualidade,
fica difícil citar um específico - inclusive existe a possibilidade de
evoluir para whiteboxes no futuro. Em geral, o que se avalia é o todo, ou
seja, o fabricante, o equipamento, o integrador. Só considerar um dos
fatores geralmente não traz os melhores resultados.
No geral, se você tem uma boa consultoria técnica, ela pode te ajudar a
modelar uma solução. Claro que ela vai puxar a sardinha para os parceiros
tecnológicos dela, mas como cliente você deve procurar avaliar o que melhor
convém ao seu negócio.
O que eu recomendaria:
1) evitar soluções muito fechadas. Isso quase sempre impede
interoperabilidade ou migrações. Por mais bacana que seja a funcionalidade,
se ela fecha a sua escolha para expansões futuras ela pode deixar você em
uma situação futura difícil. Então prefira soluções que vários fabricantes
usam, como OSPF, BGP. Agregação de links L2 em multi chassis acho que seria
um exemplo de concessão, mas convenhamos que ela só afeta pares de
equipamentos e não compromete uma topologia de rede completa.
2) Considere suporte. Muitas vezes o custo de um bom suporte com RMA e TAC
compensa mais do que ter peças de reposição. Também pense que esse custo
pode inviabilizar o seu projeto e em casos onde a estrutura ainda não está
com escala, ter um bom suporte interno (sua empresa domina a tecnologia) e
equipamentos de custo bem efetivo (MK é o típico caso) pode ser mais
vantajoso.
3) Não considere apenas papel, faça testes e simulações com a solução
sempre que possível. Mesmo as soluções de alta tecnologia podem não
considerar todas as possibilidades. Tente simular ou ter referências reais
de outros casos do seu fornecedor.
Em 17 de junho de 2014 09:51, Rômulo Lima <romulo at itsbrasil.net> escreveu:
> Muito Obrigado Shine pela resposta,
>
>
> De acordo com a sua avaliação, quais seriam os modelos ou fabricantes
> que você recomendaria para utilizarmos neste cenário?
>
> Muito Obrigado.
>
> --
>
> Em 16/06/2014 19:28, Shine escreveu:
>
> Romulo,
>>
>> Pelo que entendi, os switches são mais para conectar os clientes para
>> acesso a Internet, então são switches mais para uso de campus network ou
>> metro network. Dificilmente um MK suportaria a carga de um workload de
>> datacenter com aplicações Leste-Oeste mais pesadas.
>>
>> A maioria dos switches L3 de 10G de campus e metro atende sua demanda.
>> Como
>> você separa os domínios de cada POP não há propagação de broadcast, então
>> a
>> tabela mac depende mais do que você tem dentro da rede atualmente (um dado
>> fácil de obter usando "show mac add" nos seus switches atuais.)
>>
>> Essa é a sua situação hoje. Agora pensando em futuro, você precisa ter os
>> dados de um ambiente no médio e longo prazo. Tudo bem que você planeje de
>> uma forma mais conservadora e o futuro, se tudo der muito certo, chegue
>> antes... ;)
>> 1) ampliação do POP. Se sua demanda inclui ter um POP que interligue nos
>> dois atuais, você já deve pensar em como prover a lógica de
>> redundância/contingência, já que neste caso você acaba tendo uma topologia
>> mais em forma de anel. Existem desde esquemas como REP/EAPS/MPR como
>> também
>> pode-se começar a adotar um protocolo de metro como MPLS, ou mesmo o STP
>> (que não é lá uma maravilha de convergência para redes metro em escala).
>> 2) densidade de portas. 48 atende hoje... atenderá amanhã?
>> 3) quantidade de portas 1GE e 10GE. Ter um switch non-blocking de 10GE é
>> altamente escalável, mas ainda é caro e se você não usa imediatamente para
>> conectar clientes a 10GE o TCO pode não compensar. Pense nessas
>> quantidades
>> para fechar a sua qualificação de switches em uma gama que esteja adequada
>> ao seu negócio.
>>
>>
>>
>> Em 16 de junho de 2014 17:07, Rômulo Lima <romulo at itsbrasil.net>
>> escreveu:
>>
>> Muito obrigado pela informação Shine,
>>>
>>>
>>> Fiquei sem e-mail por alguns dias e só agora estou lendo as
>>> respostas
>>> sobre o meu questionamento. Vou tentar explicar um pouco melhor:
>>>
>>> 1- Em nossa realidade, estamos com dois data-centers/POPs em edfícios
>>> vizinhos e atualmente usamos Switches de 48 portas (com LAGs de 2 e
>>> 3Gb/s)
>>> em L2 para fazer esta interligação. Em cada data-center temos um roteador
>>> de borda, desta forma trafegamos por esses switches a internet de
>>> clientes
>>> provenientes de POPs diversos.
>>> Estes LAGs já estão chegando ao seu limite e decidimos ampliar isso
>>> para 10Gb/s.
>>>
>>> 2 - Para rotear os nossos clientes nesses data-center usamos Mikrotiks
>>> (CCR), e queremos unificar tudo em switches L3, ou seja, hoje em cada
>>> lugar
>>> eu tenho uma CCR e um Switch cisco de 48P com LAGs de 2 e 3Gb/s e quero
>>> usar apenas um switch em cada ponto, fazendo roteamento com minha borda
>>> (OSPF/IBGP) e provendo enlaces em 10Gb/s entre os prédios e demais POPs.
>>>
>>> 3 - Atualmente em nosso IBGP temos aproximadamente 1300 rotas (V4 e V6) e
>>> no OSPF temos 353.
>>>
>>> Com essa explicação resumida, que switch você indicaria?
>>>
>>> Atenciosamente,
>>>
>>> Rômulo Lima
>>>
>>> Em 11/06/2014 22:58, Shine escreveu:
>>>
>>> Romulo,
>>>
>>>> Nos dias atuais, definir uma rede apenas por quesitos de velocidade não
>>>> é
>>>> suficiente para definir equipamentos. Um core de rede pode ter
>>>> características diversas e entre o uso adequado dos recursos você
>>>> consegue
>>>> classificar e definir melhor o que atenderá a sua demanda.
>>>> Por exemplo, você citou um "core", mas não disse se o core é de
>>>> roteamento
>>>> backbone internet ou um core de rede datacenter, por exemplo. São redes
>>>> com
>>>> características distintas, um core backbone precisa de mais recursos de
>>>> memória para poder escalar em prefixos, um core datacenter prioriza
>>>> uniformidade, latência. Tipicamente backbones precisam de roteadores,
>>>> data
>>>> centers usam switches (muitas vezes um spine switch é o core da rede
>>>> também).
>>>>
>>>> Definindo que você usará um switch, existem diversas escolhas. Você pode
>>>> pensar em um core de 10 Gbps, mas o switch, mesmo em camada 3 pode usar
>>>> SVIs, portanto aprender endereços mac. Outro ponto é se o switch usa L3,
>>>> ele pode precisar aprender mais ARP por estar em uma rede camada 2
>>>> potencialmente maior.
>>>> Então no mínimo devemos considerar:
>>>> 1) capacidade da tabela arp
>>>> 2) capacidade da tabela mac
>>>> 3) quantidade de prefixos ipv4 e ipv6
>>>> Com esses dados em mãos, existem outros que devem ser considerados:
>>>> - capacidade de tráfego non-blocking
>>>> - tipos de interfaces suportadas
>>>> - quantidade máxima de SVI
>>>> - capacidade de agregação (ao menos em LACP) em portas por grupo e
>>>> quantidade de gruposf
>>>>
>>>> Existem outros parâmetros, mas esses são mais voltados para aplicações
>>>> específicas e de alta performance:
>>>> - latência
>>>> - jitter
>>>>
>>>> E algumas funcionalidades mais voltados para arquitetura, dependendo do
>>>> campo de uso: citaria ao menos redes metropolitanas, campus core e
>>>> datacenter. Aqui a lista fica bem grande...
>>>>
>>>>
>>>>
>>>> Em 11 de junho de 2014 08:58, Rômulo Lima <romulo at itsbrasil.net>
>>>> escreveu:
>>>>
>>>> Bom dia amigos,
>>>>
>>>>>
>>>>> Estou estudando ampliar meu core para trabalhar em 10Gb/s, mas
>>>>> não
>>>>> temos muitas informações sobre que equipamento utilizar.
>>>>>
>>>>> A priori, pensamos em colocar um switch L3 de 24 ou 48 portas
>>>>> sendo
>>>>> que todas as portas suportem 10Gb/s, vocês teriam alguma indicação para
>>>>> estudarmos a solução.
>>>>>
>>>>>
>>>>> Desde já, muito obrigado.
>>>>>
>>>>> Atenciosamente,
>>>>> --
>>>>> --
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>>>>>
>>>>> --
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