[GTER] Provedor oferecer Netflix

Marcelo Watson watson at redelagos.com.br
Tue Dec 16 11:38:35 -02 2014


Patrick

Há um pequeno detalhe na lei que talvez inviabilize a questão de 
retransmitir legalmente o sinal de TV Aberta.

"canais destinados à distribuição integral e simultânea, sem inserção de 
qualquer informação, do sinal aberto e não codificado, transmitido em 
tecnologia analógica pelas geradoras locais"

Note que o sinal a ser capturado tem de estar em tecnologia analógica, 
ou seja, os sinais digitais não podem ser capturados e retransmitidos.
Como está previsto o switch-off do sinal analógico para 2018, não seria 
arriscado ou um erro investir nesta opção ? Teríamos apenas 3 anos para 
recuperar o investimento e não haveria uso para o sistema após isso, 
caso o sinal digital não venha a ser liberado para a mesma finalidade.

Já quanto ao Netflix, não tenho esperanças.
Os caras não precisam de nós pra nada. Pelo contrário, eles pagam para 
trafegar na rede da COMCAST, mas para por uma CDN em nossos provedores 
exitem um tráfego de, se não me engano, 1 Giga somente de Netflix.

Acho improvável que dispensem algum recurso financeiro para desenvolver 
uma plataforma com a finalidade de atender provedores e ainda abrir mão 
de parte do lucro deles. Por que fariam isso ? Eu estivesse na posição 
deles, também não faria, ainda mais tendo um produto exclusivo.

O que falta ao Netflix são competidores. Quando aparecerem, aí talvez a 
gente tenha alguma chance neste mercado. Ou podemos nos unir e tentar 
conseguir conteúdo.
Aliás, conteúdo adulto existe disponível para OTT e podemos até mesmo 
produzi-los. Este mercado é bom ... vamos montar um Sexflix ? :)


Abs


Em 15-12-2014 13:00, Patrick Tracanelli escreveu:
>> On 13/12/2014, at 07:34, Carlos Ribeiro <cribeiro at telbrax.com.br> wrote:
>>
>> Rubens,
>>
>> Pensando de forma mais genérica, há formas de evitar a bitributação. As
>> concessionárias podem estabelecer convênios para faturar serviços de
>> terceiros na mesma conta, e um provedor poderia usar este mesmo artifício.
>> O valor do Netflix viria destacado na fatura, mas o cliente faria um
>> pagamento único. O problema maior, neste caso, é convencer o Netflix a
>> implementar todo um sistema de faturamento só para provedores no Brasil
>> sendo que do ponto de vista deles, o cartão de crédito já funciona muito
>> bem.
>>
>> Com relação ao appliance, concordo mas acho que daria para começar com quem
>> tivesse um link parrudo para o PTT. O próprio volume de tráfego
>> justificaria a instalação do appliance no provedor em um momento futuro.
>>
>> Carlos Ribeiro
>> Em 13/12/2014 01:19, "Rubens Kuhl" <rubensk at gmail.com> escreveu:
>>
>>> 2014-12-12 19:26 GMT-02:00 Felipe Trevisan <fetrevisan at gmail.com>:
>>>> O Flavio do Netflix estava neste grupo, ainda está?
>>>>
>>>> Será que os provedores conseguem algum acordo com o Netflix para oferecer
>>>> seu conteudo como parte da assinatura mensal de Internet?
>>>>
>>>> Pensei em vender o acesso internet junto com um Chromecast e uma
>>> assinatura
>>>> Netflix.
> Eu pessoalmente acho a ideia boa, mas também pouco rentável. Seria mais como um diferencial, gerando valor agregado mais na cessão do chromecast do que no Netflix em si. Acho também que deve tomar cuidado para não gerar sobrecarga além da que ja seria natural das transmissões de video. Nada que um servidor de cache moderno não possa compensar no entanto, ja q vc não conseguiria um OpenConnect facilmente no ISP dependendo do tamanho da demanda.
>
> Outra ideia seria criar um App seu (do próprio provedor) pro Chromecast e retransmitir sem custo adicional ao seu assinante os canais de TV aberto. Seu custo operacional seria baixo, a criação do App, um servidor pra pegar o sinal aberto e retransmitir por IP. A Lei 12485/11 te da subsidio legal pra essa retransmissão de conteudo aberto sem maiores riscos. Seria um bom diferencial, abrindo uma porta para no futuro voce vender TV fechada, e ao mesmo tempo mitigando o risco de ter outro prestador de serviço no seu cliente só pela TV (risco pro negocio ja q outras ofertas acompanham a TV).
>
> Vejo muitos provedores buscando prover TV e usando N tecnologias pra isso, mas um App pra Chromecast seria mais barato, portável, elegante e moderno. Eu ao menos preferiria ter a TV num Chromecast ou Apple TV ao invés de ter q ligar outro aparelho, usar outro controle remoto, etc, etc.
>
> Outro ponto é que o uso de dados seria apenas da sua própria rede ja que o servidor de conteudo ficaria na sua infra. E isso seria so o começo das possibilidades que a entrega do chromecast pro cliente pode abrir. Voce pode criar outros apps, um canal direto de provimento de conteudo regional (radios da sua cidade, etc) e buscar parceiros locais interessados em estar direto na TV dos seus assinantes. Incluindo serviços como delivery, contratação de diaristas, personal trainers, etc, em um app regional e focado.
>
> O ponto é que não precisa se limitar ao Netflix nem ser esse o diferencial principal. Netflix pode ser só +1 opção da sua oferta maior.
>
> Um ponto a se trabalhar com Netflix poderia ser Volume Subscription. Voce contrata diretamente do Netflix o numero de contas que teve adesão. Entrega o login pro seu cliente @seudominio por exemplo (pra facilitar e fidelizar), seus clientes pagam a voce e voce paga ao Netflix diretamente, por cartão de credito mesmo pra não mudar/precisar muito da parte do Netflix. Ou seja o que voce precisa negociar é qual desconto teria por Volume junto ao NF e tentar negociar um desconto progressivo por volume.
>
> Outros vendedores de conteúdo online como Deezer, Spotify ja tem venda por volume, caso considera extender a oferta ainda mais. Hulu Plus, concorrente do Netflix também tem programa por volume de assinaturas, no entanto se não me engano Hulu Plus não prove conteúdo pro Brasil no momento. Mas são argumentos que deveriam facilitar o entendimento do Netflix que venda por volume é bom pra eles, em especial em parceria com provedores que querem ofertar netflix como valor agregado. Bom pro Netflix fazer antes que chegue no Brasil alguém que já faça.
>
> A maioria dos provedores usam tributação no SIMPLES, e se esse for seu caso a bitributação requer um bom jogo de cintura pra evitar, seguindo a linha do sugerido pelo Carlos Ribeiro. Mas se por ventura você estiver no lucro real (e talvez ate no presumido), esse fator não é um problema. Basta alinhar com sua contabilidade e garantir que esse custo fique no custo. E se seu contador for bom ainda vai conseguir colocar como crédito o imposto ja pago na primeira tributação.
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>
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>>>>
>>> A bi-tributação aqui é quase certa, e em se confirmando, tornaria essa
>>> oferta menos competitiva que o usuário comprar diretamente.
>>> Além disso, provavelmente só faria sentido operacional se viesse junto com
>>> um appliance de Open Connect, o que limitaria a aplicabilidade para redes
>>> com um bom número de clientes.
>>>
>>>
>>> Rubens
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> Patrick Tracanelli
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