[GTER] Trafego PTT-BA

Henrique de Moraes Holschuh henrique.holschuh at ima.sp.gov.br
Fri Oct 21 10:26:54 -02 2011


On 20-10-2011 09:50, Lista wrote:
> Isso seria uma coisa muito promissora, se houve-se essa
> interligação, mas em se tratanto do Brasil, não sei como é fora, mas
> existe algum PTT interligado de modo transparente, Quero dizer sem
> custo aos participantes?

Porque ou o governo ou o CGI.br/NIC.br deveria subsidiar transporte ou
trânsito entre os PTTs?

Para mim, a resposta é bem clara: não deve.  O papel do CGI.br/NIC.br é
fomentar a melhoria na qualidade da Internet brasileira, não carregar
provedor nas costas.  Na minha opinião, o NIC.br já vem cumprindo o
papel deles de forma exemplar.

Acredito ser muito melhor uso para os recursos do NIC.br empregá-los
para aumentar a quantidade de PTTs no Brasil, e aumentar a
funcionalidade dos mesmos: mais redundância, mais segurança, novos
serviços como o peering VoIP que está em desenvolvimento, mais sistemas
de apoio gerencial tais como uma IRR atrelada a RPKI da NIR e RIR,
fomentar uma maior participação nos LGs, etc.

Interligar os PTTs é uma excelente ideia, tanto que tem muito provedor e
operadora já fazendo isso.  O problema é querer que o NIC.br ou o
governo subsidie isso.

Que tal lutar para conseguir interligações a um preço *decente*,
independente do agente (iniciativa privada, Telebrás, etc)?  Formar
consórcios dos provedores participantes em cada PTT para ligar os PTTs
locais de forma regional e nacional funciona muito bem, o PTT Campinas é
um exemplo claro disso.  Talvez tentar caracterizar este tipo de conexão
de transporte 'coletivo' e lutar pela redução dos impostos neste caso
específico?  É difícil, mas não é impossível.

Se alguém tem a capacidade técnica e política de propor ao MCT
(Ministério da Ciência e Tecnologia) ou ao MC (Ministério das
Comunicações) um projeto de PPP (parceria público-privada) para lançar
fibras entre os PTTs, onde as três esferas do governo (e a RNP se
envolver o MCT) tem direito de explorar a metade das fibras no cabo para
uso próprio e da Telebrás, e a exploração da outra metade do cabo fica
para o consórcio de empresas SCM que aderirem ao PPP e que responderia
pela totalidade dos custos de operação e manutenção, e talvez por uma
parte dos custos de implantação... acho até que poderia sair alguma
coisa.  O Cinturão Digital no Ceará funciona em um modelo parecido, bem
como as Redes COMEP em diversas capitais.

-- 
Henrique de Moraes Holschuh <hmh at ima.sp.gov.br>
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