[GTER] Sprint x Cogent depeering

Tukso Antartiko tukso.antartiko at gmail.com
Wed Dec 3 21:06:42 -02 2008


On 12/3/08, Frederico A C Neves <fneves at registro.br> wrote:
> Deu na Forbes (via /.) http://tinyurl.com/5u4fls
>
> http://www.merit.edu/mail.archives/nanog/threads.html#12448
>
> Quem sabe esta história ilustra bem o problema e mesmo com os AS
> locais ainda relegados a meros compradores de "trânsito
> internacional", possamos interpretar adequadamente e evitar que
> situações, ainda hoje usuais, como trafego local via Miami sejam
> evitadas.
>

Não entendi esta intervenção, se fosse qualquer que luta com o
monopólio enquanto tenta sobreviver e soltasse um "Let's hope" desses,
tudo bem. Mas alguém do registro.br? Registro esse que tem um
orçamento de milhões e atende pelo nome de Comitê Gestor da Internet.
Eu esperaria mais ação e menos "Let's hope".

O imbróglio do peering nacional, para não mencionar outros problemas
(last mile, conexão e transporte caros), possui sua raiz em quatro
(dizem que serão três) empresas monopolistas. Se o registro.br tiver
interesse em resolver o problema não precisa reclamar na lista, basta
agir na causa do problema.

Se o interesse não for tão grande assim há coisas muito mais simples
que também ajudariam a interconexão das redes:
http://eng.registro.br/pipermail/gter/2008-September/020315.html
http://eng.registro.br/pipermail/gter/2008-September/020301.html

Enfim, mas o que me motivou a responder foi esta crítica generalizada
a quem usa tráfego internacional para acessar redes BR. Sei que a
motivação pode se referir à troca de tráfego entre E e G, assunto de
emails recentes, mas se conhece os motivos, ou conhece E, critique E e
não os que usam tráfego internacional apenas porque precisam
sobreviver ao monopólio e preços/peering abusivos destas três.
Monopólio este que muitos preferem fingir que não existe  o pecado
capital da má qualidade da internet brasileira.

Citando um caso anedótico: As empresas monopolistas brasileiras
possuem estes acordos de interconexão, com cláusulas feitas para que
apenas as próprias se enquadem em peering gratuito, e mesmo assim elas
ainda vivem brigando entre si. Por outro lado celebrei PEERING (embora
indireto e com algumas condições) com uma empresa internacional sendo
que para acessar a mesma pelo menos uma empresa monopolista brasileira
COMPRA tráfego. Eu sou prejudicado pelo monopólio? Sim. Eu ligo em
meus custos totais serem uma fração do que pagaria e quem paga a conta
é a empresa monopolista que me quer cobrar caro? Não. Vou deixar de
fazer isso porque é "internacional"? Nem um pouco. Não sou causa, sou
efeito. "Simple laws of economics".



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