[GTER] RES: QOS protocolos VOIP

Claudio Sá de Abreu cabreu at vialink.com.br
Tue May 23 19:43:21 -03 2006


Me copiem tb!

[]'s
Claudio



On 23/05/2006, at 14:04, Antonio Carlos Pina wrote:

> Se passarem a pvt por favor me copiem.
>
> A discussão me agrada e a acho que ela é muito mais o foco desta  
> lista do
> que as eternas perguntas sobre ips, firewall, dns e etc que  
> pertencem na
> verdade à masoch.
>
> []s,
> Pina
>
>
> Em 23/05/06, Eduardo Santos Back <eduardo at sinos.net> escreveu:
>>
>> Sugiro que discutam em PVT.
>>
>> -----Mensagem original-----
>> De: gter-bounces at eng.registro.br [mailto:gter- 
>> bounces at eng.registro.br] Em
>> nome de Rubens Kuhl Jr.
>> Enviada em: terça-feira, 23 de maio de 2006 13:46
>> Para: Grupo de Trabalho de Engenharia e Operacao de Redes
>> Assunto: Re: [GTER] QOS protocolos VOIP
>>
>>> Realmente fica inviável financeiramente implementar  
>>> funcionalidades e
>>> formatar soluções que demandam recursos adicionais, diretamente
>> relacionados
>>> ao dimensionamento de uma rede, se você cita clientes residências  
>>> e SOHO
>> que
>>> desejam pagar R$100 para uma conexão de até 4 Mbps !!! É aquela  
>>> velha
>>> história do "tudo querer sem estar disposto a arcar com o custo  
>>> adequado
>> por
>>> isto".
>>
>> Segundo o IBOPE, o desejo de pagar dos usuários é da casa de R$30...
>> R$100 por até 4 Mbps é a oferta disponível no mercado. O provedor
>> dessa solução parece estar contente com o produto/preço, pois é  
>> sempre
>> ressaltado em suas publicações de balanço.
>>
>>> Upstreams são entidades autônomas, brigam por um market share,  
>>> competem
>> pelas
>>> mesmas receitas, e como em qualquer segmento de mercado  
>>> certamente esta
>>> competição impede uma maior integração no sentido de compartilharem
>> políticas
>>> e soluções comuns, de exporem seus ambientes operacionais uns aos
>> outros,
>>> etc. Tendo em vista o imensurável emaranhado de sistemas  
>>> autônomos que
>> compõe
>>> a Internet, mesmo que houvesse vontade política das operadoras (e  
>>> agora
>>> falamos em âmbito mundial), ainda assim seria inviável obtermos  
>>> um QoS
>> fim
>> a
>>> fim no tráfego da Internet. Tal anseio demandaria no mínimo uma
>> padronização
>>
>> Voltemos à Terra... ninguém mencionou aqui QoS inter-AS.
>>
>>> de soluções, funcionalidades empregadas, compatibilidade entre
>> diferentes
>>> plataformas, dimensionamento de infra-estruturas e plataformas,  
>>> etc. A
>> mim,
>>> parece extremamente utópico. Ou o acesso a Internet com QoS aqui
>> debatido
>>> consiste em um tratamento diferenciado ao tráfego apenas no last  
>>> mile do
>>> cliente e no máximo o backbone de sua operadora. Suponha que você  
>>> dispõe
>>
>> Era esse o foco desta thread.
>>
>>> destas condições, mas no outro extremo de sua troca de tráfego, seu
>> alias
>>> possui um CE/CPE simplesmente não performático para o interesse de
>> trafego
>>> que este possui com a Internet. Ou mesmo, este deseje prover  
>>> garantias e
>>> priorizações para perfis de tráfego distintos daqueles que você
>> considera
>>> críticos. Como se garante o QoS ao seu tráfego nestas condições,  
>>> mesmo
>> que
>>> implementemos tais funcionalidades em ambos os extremos de sua  
>>> conexão.
>>
>> Ninguém garante que não haja um problema... o que se tenta é resolver
>> um problema conhecido (congestionamento do last-mile) para que ele
>> deixe de sê-lo. Não é garantia de que funcione, é garantia de que se
>> não funcionar, não será por esse problema.
>>
>>> Me parece muito conveniente esta expectativa de "entrar em  
>>> informações
>>> internas das operadoras", será que todas as empresas em que atuamos
>>> disponibilizam suas informações internas ao mercado? Empresas  
>>> também não
>>> discutem abertamente seus problemas de fluxo de caixa, logística e
>>> suprimentos, etc; não tão pouco estão dispostas a arcar com os  
>>> custos de
>>> terceiros. Operadoras não são entidades filantrópicas.
>>
>> Mas se uma operadora alegar que não oferece um serviço por  
>> inabilidade
>> técnica de seus usuários, quando se sabe bons motivos comerciais e
>> técnico-econômicos para que isso não seja disponibilizado, é natural
>> que o usuário diga "Truco!".
>>
>>> Certamente para as operadoras seria ótimo não ter que provisional  
>>> banda
>> em
>>> suas conexões nacionais, internacionais e internas aos seus  
>>> backbones
>> para
>>> receber e escoar um tráfego que será descartado no last mile pois  
>>> muitos
>>> clientes tem links com bandas que não comportam seus interesses de
>> tráfego.
>>
>> As demandas dos clientes não se medem em Mbps; Internet não é energia
>> elétrica que o cliente pode observar as especificações de seus
>> aparelhos e dizer "preciso de x kVA de capacidade de pico, y MWh de
>> consumo". Eles querem que as aplicações de que precisam funcionem com
>> um certo nível de qualidade, querem gastar um certo valor mensal, e
>> tentam equilibrar esses dois fatores como puderem
>> .
>>> Caros, acompanho esta lista a uns 6 anos, já li, absorvi e  
>>> compartilhei
>>> muitas das suas opiniões, e tenho ciência que estas partem de  
>>> pessoas
>>> que detêm um bom conhecimento. Aqui respeitosamente expresso uma  
>>> opinião
>>> divergente por considerar os argumentos citados de certa forma
>> distorcidos,
>>> parciais e convenientes. Me parecem muito alinhados por exemplo  
>>> com uma
>>> tendência do governo de jogar para as operadoras tarefas que não  
>>> lhes
>>> compete, ou desconsiderar fatores de mercado. Por exemplo, quando  
>>> aquele
>>
>> Culpar o (des)conhecimento dos clientes pela inexistência  
>> comercial de
>> um produto também é uma conveniente e parcial distorção... mas esse
>> tipo de argumento é parte natural de um modelo de liberalismo
>> econômico em que cada um age de acordo com interesse próprio.
>> Acreditar piamente neles é que seria uma falha.
>>
>>> sábio ministro das telecomunicações diz ser injusto o usuário  
>>> pagar o
>> valor
>>> da assinatura mesmo se não usar o telefone o mês todo. Como se  
>>> manter
>> uma
>>> infra-estrutura, com todos os seus custos de dimensionamento e
>>> provisionamento de recursos, investimentos em ampliações e  
>>> melhorias,
>>> spare parts, operação e manutenção, etc, não tivesse custos. Ou  
>>> jogar
>> para
>> as
>>> operadoras a tarefa de bloquear o sinal de celulares
>>> em presídios, uma obrigação do estado.
>>
>> O serviço de comunicação de dados é autorizado, não é concedido  
>> como a
>> telefonia fixa ou autorizado mas com contratos que na prática o  
>> tornam
>> uma concessão como a telefonica móvel. Isso permite que o mercado se
>> regule sem que modelos rígidos de serviço e precificação sejam
>> definidos, e é dentro desse contexto que estamos discutindo acesso
>> Internet.
>>
>>
>>
>> Rubens
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