[GTER] [OT] Virtua MegaFlash

[Rubens Kuhl Jr.]

> Da ultima vez que vi, o canal de CableModem permitia no máximo uns 34M de
> download compatilhado (e muito menos de upload).  Para evitar restrições muito
> grandes, conjuntos de modems podem ser configurados em canais diferentes,
> restringindo a limitação a cada conjunto.  Podia ainda ser melhorado quebrando o
> "cabo eletrico" em regioes, que sao alimentadas por cabos em fibra óptica, e
> novamente cada região teria um limite de banda individual.

Os CMTS e cable-modems Motorola adotados pela NET são DOCSIS 2.0, que
tem até 38 Mbps de download compartilhado e até 30 Mbps de upload(bem
mais do que DOCSIS 1.x). E como você disse, é possível alocar canais
separados para grupos de modems, aumentando a vazão agregada.


> Mas 8M é pouco mais que 1/5 do limite do canal.  Duvido que consigam um
> multiplicador de regioes/canais para alimentar isso tudo.

Sim, imagino que haja um oversubscription pesado.

> Teoria do compartilhamento.  Mas acho que com os dados acima seria levar isso a
> limites extremos, nao?

Em termos. O compartilhamento nesse nível operaria provavelmente em
100% boa parte do tempo, o que exige uma boa disciplina de QoS para
garantir qualidade.

> É mais fácil cobrar por Gbyte transferido.

Isso vai contra a expectativa dos clientes de previsibilidade de
custos (vide sucesso do celular pré-pago). Também aponta contra isso a
baixa materialidade do Gbyte transferido para um usuário leigo... mais
devagar ou mais rápido é algo que ele entende bem. Um certo x de CIR é
algo que um responsável de TI contratando serviços de dados entende
bem, também.


> > É claro que para isso funcionar, é preciso QoS garantido serviços
> > básicos (navegação e e-mail) e evitando que downloads (HTTP/FTP/P2P)
>
> Qual a diferenca entre navegação e download http?

Do ponto de vista do usuário, navegação é quando o browser renderiza o
conteúdo na janela que ele está usando, e download é quando ele abre
uma janela "Save As" ou "Download Manager"...

Mas se a sua pergunta é como diferenciar os dois no tráfego passando,
há duas maneiras:
1) Extensão+mime-type: que é o mesmo critério usado pelo browser. Essa
maneira exige um proxy transparente, mas é a que me parece eficaz para
a questão, apesar de exigir tratamento L7.
2) Duração e bytes transferidos na sessão TCP: pode-se assumir que
sessões longas e/ou com muitos bytes transferidos sejam de download e
depois de um certo tempo ou mais do que x KB sejam despriorizadas.
Isso tem algumas possíveis exceções como HTTP Keep-Alive (que pode
manter uma mesma sessão TCP operando por mais tempo e transferir mais
bytes) ou conexões que não fecham (bate-papo Web, por exemplo), mas
tem a vantagem de trabalhar apenas no nível de flows L4.


> Meu primeiro contato com o Virtua/Net foi na casa de um amigo na Barra da
> Tijuca, bairro nobre do Rio de Janeiro.  Sinceramente, achei o tempo de acesso e
> banda de download PIOR que meu modem de 56k.  Isso num domingo a tarde.  De lá
> pra cá, melhorou, mas a primeira impressão foi muito ruim...

A esperança é que com a aquisição de participação na NET pela
Embratel, inclusive com a idéia de usar a rede para operar telefonia
local, as questões de Engenharia e qualidade de produto recebam mais
atenção. E uma injeção de pesos mexicanos no orçamento  também ajuda 
muito... :-)

A presença da Embratel também ajuda a explicar de onde eles devem
tirar capacidade de backbone... infelizmente, também pode comprometer
a presença da NET em pontos de troca de tráfego, já que a Embratel tem
como estratégia não participar deles.

Rubens