[GTER] Vesper
Gustavo Molina
gustavo at molina.com.br
Tue Apr 8 02:10:01 -03 2003
de http://www.estadao.com.br/tecnologia/coluna/ethevaldo/2003/abr/07/25.htm
O sonho da internet a 2 megabits Imagine, leitor, o que significa acessar a
internet a uma velocidade quase 50 vezes superior à dos acessos via linha
discada. Pois é exatamente esse o avanço de que estou usufruindo há três
semanas. Estou conhecendo e utilizando pela primeira vez no Brasil um serviço de
terceira geração celular (3G), ou seja, o acesso à internet sem fio, de alta
velocidade, até a 2,4 megabits por segundo (Mbps), conectado em meu computador
desktop.
O serviço é oferecido pela Vésper, com o nome comercial de Giro. Baseado na
tecnologia CDMA 1xEV-DO, ele oferece, entre outras, a vantagem da instalação sem
a necessidade de passagem de cabos ou de utilização de qualquer outro tipo de
equipamento. A conexão funciona 24 horas por dia, não ocupando o telefone nem
sendo necessário possuir TV a cabo. O usuário conta, ainda, com a liberdade de
instalar e utilizar o acesso em qualquer lugar da sua casa ou empresa.
Do ponto de vista de quem usa, é uma experiência fascinante. Como a gente se
acostuma facilmente com avanços assim, não sei como irei aceitar qualquer
retrocesso se tiver de voltar a utilizar rotineiramente os 64 quilobits por
segundo (kbps). Com o Giro, passo e-mails com ironias e gozações com os amigos
mais próximos, chamando-os de "internautas da idade da pedra" ou de "lesmas
navegantes que se arrastam a baixas velocidades".
Outras vezes, brinco, dizendo-lhes que estou acessando a internet à velocidade
da luz. De fato, eu não tinha até aqui a menor idéia do prazer que nos dá baixar
em segundos arquivos que levavam meia hora ou muito mais.
Fotos e softwares pesados se tornam leves e ágeis. As menores velocidades que
tenho conseguido estão em torno de 580 kbps. A conexão média fica por volta de
1,3 Mbps. Só não chego aos 2,4 Mbps nas horas mais tranqüilas porque o servidor
pelo qual me conecto ao provedor de internet não me permite mais que 2 Mbps.
Vantagens - O Giro oferece acesso à internet em banda larga com a flexibilidade
e outras vantagens exclusivas da tecnologia sem fio. Com ele, a Vésper estréia
na Grande São Paulo sua condição de operadora de serviços integrados de
telecomunicações. Por enquanto, o Giro se destina exclusivamente à transmissão
de dados com a tecnologia CDMA2000 1xEV-DO (DO da sigla significa Data Only, ou
"somente dados"), a velocidades de até 2,4 Mbps. Isso significa 16 vezes mais
velocidade que as opções tecnológicas domésticas sem fio disponíveis no Brasil
atualmente e 50 vezes superior às velocidades de acesso discado.
O Giro possibilita também a transmissão e download de grandes arquivos,
utilização de recursos multimídia nas mensagens, videoconferências e boa
qualidade na reprodução de vídeos diretamente da internet, além da conexão
extremamente rápida à web e intranets.
A Vésper - segundo Luiz Kaufmann, presidente da operadora - é a primeira
operadora de telecomunicações da América Latina a oferecer serviços com esta
tecnologia de terceira geração (3G). Além dessa empresa-espelho, duas operadoras
sul-coreanas e uma americana já lançaram comercialmente serviços nessa
tecnologia.
Até o final de abril, a Vésper lançará a versão móvel do Giro, num cartão (PC
Card) que será acoplado aos laptops, permitindo o mesmo acesso sem fio de alta
velocidade à internet. Quando o usuárior estiver parado, a velocidade de acesso
poderá alcançar até 2,4 Mbps. Quando em movimento, a conexão mínima será 384
kbps.
Rumo à 3G - A evolução do celular se faz em gerações. A primeira geração (1G)
era totalmente analógica, no caso brasileiro, com o nome de Advanced Mobile
Phone System (AMPS), na faixa de 800 MHz. A segunda geração (2G) é a atual, com
os padrões Time Division Multiple Access (TDMA), Code Division Multiple Access
(CDMA) e Global Standard Mobile (GSM), nas freqüências de 800 MHz e 1,8 GHz. A
terceira geração (3G) começa a chegar em todo o mundo, com tecnologia baseada no
CDMA de banda larga, nas freqüências de 1,9 GHz e outras. Na verdade, não existe
uma terceira geração (3G) inteiramente distinta ou separada da atual. A passagem
da 2G para a 3G será feita pela introdução dos chamados serviços de terceira
geração, como, por exemplo, o Giro (CDMA 1xEV-DO).
Dentro de três a cinco anos, milhões de usuários no Brasil deverão estar usando
serviços de 3G, para mil aplicações que apenas começam a se delinear hoje.
Usaremos o celular como documento de identidade, cartão de crédito ou cheque no
pagamento de contas em restaurantes, hotéis ou supermercados.
Gravaremos mensagens com áudio e vídeo para serem transmitidas para outros
telefones de terceira geração ou para computadores. Surfaremos na web a
velocidades próximas de 2 Mbps, no caso dos telefones fixos, e acima de 384
kbps, no caso do telefone móvel.
BITS & BYTES
Exportação
A Diebold Procomp, que atua em automação bancária, planeja fabricar em Manaus
componentes para sua linha mundial de produtos. A empresa possui três fabricas
no País: duas na Zona Franca, de cofres e de montagem de caixas automáticos, e
outra em São Paulo, que produz equipamentos como leitoras de cheques e
impressoras. "Pretendemos produzir componentes em Manaus", conta o presidente da
empresa, João Abud Junior. "Começaremos a fabricar os primeiros lotes em
setembro." Em 2002, a Diebold Procomp registrou faturamento de R$ 757 milhões no
Brasil. Para este ano, a expectativa de crescimento está em 5%.
Acesso
O deputado federal Jorge Bittar (PT-RJ) defende o incentivo ao modelo de
internet gratuita. "O governo deve incentivar o crescimento do acesso grátis,
mas com transparência", afirma Bittar. "Sob a supervisão da Anatel, os
benefícios concedidos a um provedor pela operadora devem ser estendidos aos
outros." Para ele, o modelo de internet gratuita é importante para ampliar o
acesso à rede mundial no País.
Certificados
A certificação digital, segundo estimativas da Federação do Comércio do Estado
de São Paulo (Fecomercio SP), pode diminuir em cerca de R$ 540 mensais os gastos
de um pequeno varejista com contratos. A tecnologia, que garante a autenticidade
dos documentos assinados digitalmente, elimina custos de despachantes,
transporte e várias despesas de cartório. "Queremos levar, sobretudo ao pequeno
e médio empresário, as vantagens da certificação digital", afirma o advogado
Renato Opice Blum, presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da Fecomercio
SP. Na quinta-feira, a federação irá realizar o evento "Certificação Digital no
Comércio", que trata do tema.
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Gustavo Molina mailto:gustavo at molina.com.br
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