[caiu] RES: Res: Netflix

[Provedor Bogus]

No caso do Whatsup, beleza. Elas estão pulando porque o uso de voz
despencou. Basta olhar o lucro líquido de todas elas, principalmente
Vivo/Telefônica.

Mas para frear o Netflix, por exemplo, não precisa do judiciário e nem da
ANATEL. É extremamente simples. Basta filtrar os anúncios deles no PTT e
contratar um trânsito de 100 Mbps fazendo uma engenharia no BGP
(communities, prepend, etc) pra escoar, basicamente, só eles. Não se está
despriorizando o tráfego e ao mesmo tempo, está. Tudo dentro da legalidade.

A parte de "neutralidade do tráfego" do Marco Civil é uma grande piada,
redigida pelo lobby financeiro dos fornecedores de conteúdo, por sorte,
facilmente contornável pela inteligência, porque em último caso, sempre
existe a máxima brasileira proferida pelo Chico Heráclito : "Se a Lei é
fraca, a gente passa por cima, se é forte a gente passa por baixo".

Entretanto, para um provedor pequeno/médio, o Netflix é uma *GRANDE*
oportunidade de negócios, afinal, ter uma operação de TV por assinatura é
pedir pra tomar prejuízo, seja pelo alto custo dos equipamentos (decoders,
principalmente) ou pela incrível falta de vontade das fornecedoras de
conteúdo de estabelecer relações comerciais (a Globo, por exemplo, nem te
atende). Então, fica fácil ganhar dinheiro. Basta oferecer uma boa
velocidade de Internet, cobrando um pouquinho mais caro, e apresentar a
Netflix ao seu cliente. Eles são uma grande defesa para operadores menores
(com menos de 50.000 clientes) que sequer são recebidos por HBO/Globo/etc.

Em 25 de agosto de 2015 10:31, Roberto Lima <smuxbr at gmail.com> escreveu:

> O caso das telecoms recorrerem à justiça para, de alguma forma, barrarem o
> Whatsapp/Telegram pelo simples fato de que eles "utilizam suas redes para
> vender serviços terceiros" é um completo absurdo.
>