[GTER] RES: PTT (e PTT-SP) - Envolvimento da comunidade

Rubens Kuhl rubensk at gmail.com
Tue May 19 17:12:19 -03 2015


2015-05-19 16:53 GMT-03:00 Rafael Koike <koike.rafael at gmail.com>:

> Tá ai uma coisa interessante a se discutir que não sei se é normalmente
> divulgada.
>
> Do que se investe hoje em infra-estrutura dos PTT's no Brasil quanto é
> subsidiado pelo governo


Uma parte bem pequena, via RNP, que hospeda alguns dos PIX centrais do
PTT-Metro. E mesmo a RNP tem custos baixos nesses locais, tipicamente
cedidos por universidades/escolas federais e estaduais sem custo... então
alguma coisa do governo federal nos PIX que ficam em locais federais,
alguma coisa de governos estaduais, mas não envolvendo nem equipamentos nem
administração dos equipamentos, que corre sempre por conta do NIC.br.


> e quanto é arrecadado com o dinheiro cobrado das
> conexões?
>

Depende da localidade. Em várias localidades não há cobrança alguma; nas
que há, apenas o PIX recebe algo, não o NIC.br.


> Vejam, hoje existe toda uma estrutura da altarquia (CGI.br, NIC.br, PTT.br,
> etc.)


Nenhum deles é uma autarquia. Nenhum deles é nada controlado pelo governo,
recebe dinheiro do governo ou repassa dinheiro para o governo.


> que demanda de aluguel de escritórios, funcionários administrativos,
> técnicos, equipamentos, limpeza, etc.)
> Soma-se a isso os gastos com os datacenters onde ficam os PTT's em si com
> racks, ar condicionado, energia, equipamentos de rede, etc.
>

E esses datacenters ou franqueiam acesso ou cobram uma pequena taxa de
conexão, às vezes algum co-location.


> Parte disso tudo é subsidiado com os serviços que  estrutura cobra como:
> registros de DNS, venda de domínios especiais, custos mensais de conexão,
> etc.
>

Registro de DNS, sim.
Custos mensais de conexão não são repassados ao NIC.br.


> Tudo isso é suportado só com o que se cobra dos clientes ou há um aporte do
> governo em investimentos ou manutenção?
>

Maciçamente suportado com receita vinda do registro de domínios .br, mas
praticamente nada do governo.



> Quanto sobra para se investir em novos PTTs?
>

Nem se pagam, então não sobra nada... qualquer investimento em novos PTTs
vem da mesma fonte já citada, o registro de domínios .br.


> Se não tiver dinheiro hoje, quanto custa subir um novo PTT e quanto seria o
> rateio desse investimento?
>

Um switch, dos servidores... nada muito difícil de estimar. Mas porque a
premissa de que sejam financeiro o limitador ?



> Eu diria que essas são as perguntas que o post inicial quis trazer a tona e
> dai a necessidade de se "dialogar" mais.
>

Me pareceu que a questão era sobre governança do PTT, inclusive com mais
foco nos PTTs existentes do que em novos.


> Mas eu vejo que talvez não seja tanto o NIC.br e CGI.br mudar sua estrutura
> administrativa ou o modelo de gestão, mas sim criar um modelo mais claro de
> consumo dos clientes/parceiros que são os provedores.
>
> Bastaria mostrar um custo total de operação por PTT e qual seria a massa
> crítica necessária para a criação de um novo PTT.
> Quantos assinantes na região, volume de tráfego, etc.
>

Esse tipo de coisa costuma ser mostrada, eu vou ver se acho depois alguma
das apresentações... mas a sua pergunta de novo sugere que dinheiro seja a
questão, enquanto a massa crítica é mais de quantos AS precisam existir e
trocar tráfego na região para que isso seja razoável do ponto de vista
institucional. Fora alguns PTTs bem específicos como SP/RJ/PR/RS,
dificilmente os outros seriam viáveis por si só.




>
> O governo não estava querendo lançar uma empresa de telecomunicações a um
> tempo atrás?
>

E ele lançou, a Telebrás. Mas pouco tempo depois o facão fiscal baixou lá,
e isso não mudou com o Levy, pelo contrário.


> Qual seria o papel dela na interconexão dos PTTs?
>
>
Oferecer interligação entre PTTs vendendo capacidade para quem quisesse ir
de um a outro PTT, e quem sabe algum tipo de trânsito limitado só incluindo
PTTs.



> Enfim, há muitas ideias boas, basta leva-las até o PTT e de lá para o CGI,
> mas se não me engano o mesmo presidente do CGI é do NIC.
>
>
O presidente do NIC.br é membro do CGI, mas não preside o CGI. O PTT é
parte do NIC.br e o NIC.br tem, dentro das diretrizes traçadas pelo CGI.br,
autonomia operacional.



Rubens



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