[GTER] Grandes provedores no EUA usando "fast lanes"

Rafael Possamai rafael at gav.ufsc.br
Sun May 11 13:06:09 -03 2014


Juliano,

Essa parte  concordo plenamente. Mas por exemplo, neste caso um provedor
grande americano, vamos dizer Verizon, estaria cobrando do Netflix por um
acesso mais rapido aos seus clientes. Ai pensamos, para alguem que ja paga
uma internet de 50mbps, parece sacanagem implementar QoS e cobrar a mais.

Outro caso parecido, eh o fato de a Netflix usar a Cogent para entrega de
dados, e neste caso, alguns dos peers que a Cogent mantem estao reclamando
de trafego assimetrico, e pensam em cobrar da Cogent pelo fato de ter muito
trafego entrando por causa do Netflix (e consequentemente muito pouco
saindo). Entendo que neste caso parece desvantajoso mesmo, mas os clientes
da Verizon ja estao pagando pelo servico, nao acho justo sairem cobrando
clientes e provedores.

Partindo desta mesma ideia, a Verizon neste caso eh provedor de ultima
milha... A cogent provavelmente entregou os dados por distancias muito
maiores, utilizando uma rede muito maior e ja tendo um custo mais alto. A
Verizon eh paga pelos seus clientes para fazer exatamente o que vem
fazendo, porem agora quer outras maneiras de conseguir receita. Se deixarem
fazer uma vez, vai virar zona, e vao comecar a cobrar tudo.






2014-05-10 17:22 GMT-05:00 Juliano Primavesi | Giga Internet Digital <
juliano at giga.com.br>:

> Nao é muito diferente do mercado de hosting, onde ha 15 anos atrás se
> vendia espaço e tráfego e hoje em dia se vende memória, processador, espaço
> e tráfego. Na medida que a tecnologia e o consumo evoluem, são necessários
> novas medidas de cobrança.
>
> Na Europa muitos provedores ja vendem link de 1 Gigabit, com tráfego
> limitado, outros, de 100 Megabits com tráfego ilimitado. Penso que tudo
> depende do crescimento em capacidade do backbone da região ou país.
>
> Claro que no Brasil, pela dimensão continental, isso vai demorar pelo menos
> 2 anos ainda, a começar pelo litoral, levando outros 2 ou 3 anos para
> chegar no interior até 400 Km e outros 3 anos para chegar nos 800 Km de
> penetração para dentro do continente.
>
> Juliano
>
>
> Em 10 de maio de 2014 12:19, casfre at gmail.com <casfre at gmail.com> escreveu:
>
> > 2014-05-08 12:14 GMT-03:00 Rafael Possamai <rafael at gav.ufsc.br>:
> >
> > > Boa tarde pessoal,
> > >
> > > Pode ser que nos proximos meses novas regras de neutralidade da
> internet
> > > nos EUA mudem a maneira que provedores de internet e provedores de
> > conteudo
> > > fazem negocio. No final das contas, quem sai perdendo eh o consumidor.
> > >
> > >
> > >
> >
> http://www.technologyreview.com/news/527006/talk-of-an-internet-fast-lane-is-already-hurting-some-startups/
> > >
> > > Alguem preocupado com o mesmo acontecendo aqui no Brasil?
> > >
> >
> > Eu. Usuário como todos nós. Discutiu-se isso na lista da ANID, antes do
> > Marco Civil permitir o que se chama de "franquia de dados" que, IMHO, vai
> > acabar em um cenário parecido com esse. Sim, no final, o consumidor vai
> > pagar a conta. A assinatura da Netflix, para novos assinantes, não foi
> > reajustada?
> >
> > Obrigado.
> >
> > Cássio
> > --
> > gter list    https://eng.registro.br/mailman/listinfo/gter
> >
> --
> gter list    https://eng.registro.br/mailman/listinfo/gter
>



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