[GTER] Continuido assuntos da GTER 24: IPv6, número de rotas

Rubens Kuhl Jr. rubensk at gmail.com
Sat Oct 27 15:20:46 -02 2007


Nas apresentações da GTER24 foram apresentados resultados que
apontavam maior performance de roteamento IPv6 em equipamentos com
IPv6 em hardware, lançados recentemente; eu gostaria de contrastá-los
com o datasheet de um equipamento lançado este ano:
http://www.cisco.com/en/US/products/hw/routers/ps368/products_data_sheet0900aecd8057f3b6.html

Reproduzo alguns trechos:

IPv4 routing
In hardware
Up to 400 Mpps*

IPv6 routing
In hardware
Up to 200 Mpps*

Routes
256,000 (IPv4); 128,000 (IPv6)
1,000,000 (IPv4); 500,000 (IPv6)

Esse é um roteador distribuído com capacidade dependente do número de
line-cards, em que a capacidade de roteamento IPv6 por cartão é a
metade da capacidade IPv4. O mesmo acontece com o número de rotas;
essa é uma conseqüência natural da limitação de banda de acesso a
memória (um dos hard-limits tecnológicos que afetam tanto CPUs
genéricas quanto dispositivos de propósito específico ), já que um
prefixo IPv6 ocupa o dobro em bits de um prefixo IPv4 (o maior tamanho
de prefixo em IPv6 é /64).

Isso não significa que a velocidade diminuirá pela metade em uma rede
constituída de equipamentos com essa característica; como boa parte
das grandes redes IP do planeta operam em MPLS, o label size de 20
bits faz que a velocidade de comutação seja igual ou
muito próxima da de IPv4 em todos os rotedores P da rede; isso
afetaria apenas a capacidade de roteadores PE de absorver pacotes IPv6
para dentro do backbone MPLS.

Vale reparar também que o número máximo de rotas cai pela metade
considerando uma rede só-IPv6, e cai a 1/3 considerando o momento de
pico da migração de IPv4 para IPv6 em que todas as redes estiverem
operando em dual-stack. Comparando o número de rotas (256000) de um
dos modelos desse equipamento, que é comum a vários equipamentos desse
fornecedor comercializados na última década, com os números de rotas
observados atualmente, vê-se também que as rotas IPv6 podem ser
justamente as primeiras vítimas de otimização de um operador de rede
que esteja em apuros por overflow de prefixos,
diminuindo(infelizmente) o ritmo de adoção do protocolo.



Rubens



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